quinta-feira, 13 de setembro de 2007

O que vem por aí...

Líder do WCT não resistiu a manobras como essa do novato Dane Reynolds.

Os tops do WCT sentiram na pele o que aguarda por eles no ano que vem. Os dois maiores destaques em Trestles, até aqui, são dois dos surfistas que já garantiram presença na elite em 2008, o norte-americano Dane Reynolds e o sul-africano Jordy Smith.


Reynolds caiu para a repescagem, onde despachou ninguém menos que o vice-líder e único a vencer duas etapas este ano, Taj Burrow. Jordy também não passou pelo round 1 e eliminou Joel Parkinson na repescagem. Dois dos 5 Fantásticos não resistiram aos novatos.


Veio o round 3 e outros dois dos 5 Fantásticos foram derrotados pela dupla de líderes do WQS.


O atual número 1 do mundo, Mick Fanning, até que fez duas notas acima dos 7 pontos, mas nada pôde fazer contra um 9,93 e um 7,77 conquistados por Reynolds. Resultado: saiu da água precisando de um 9,88 que não veio.


Em uma bateria com menos ondas e high-scores, Andy Irons se arrastou e não conseguiu nada mais que um 6,40 e um 6,00. Voando nas ondas pequenas de Trestles, Jordy Smith deu o bilhete azul ao tricampeão mundial, com um 8,67 e um 7,00. Mais uma vitória maiúscula.


Como o sistema de disputas do WCT põe sempre os surfistas que estão no topo contra os que têm ranking mais baixo, como os que vêm do WQS, é bom que Fanning, Taj, Irons, Parko e Slater botem as barbas de molho.


Brasucas garantem melhor campanha


Neco Padaratz (foto) e Rodrigo Dornelles já se classificaram para as oitavas-de-final. Léo Neves é outro que tenta seguir adiante.

Adriano de Souza, Victor Ribas e Raoni Monteiro pararam no round 3. Mineirinho depois de vencer mais uma no round 1. Vitinho e Raoni depois de fazerem baterias brilhantes na repescagem.

Apenas Bernardo Pigmeu foi eliminado na repescagem.

Com esses resultados, o Brasil já garante o melhor desempenho até aqui em uma etapa do WCT 2007.

Na outra vez em que pôs dois surfistas nas oitavas-de-final, no Chile, um deles era um convidado, o carioca Bruno Santos. Bruninho, ao lado de Mineirinho em Jeffrey's Bay, conseguiu o melhor resultado individual para o Brasil, um quinto lugar.

Ainda é muito pouco. Mas quem sabe Neco e Pedra - e talvez Léo - não aproveitam a semana para levar o Brasil ainda mais longe?

Nas oitavas, Neco encara o havaiano Pancho Sullivan e Pedra pega o francês Jeremy Flores. É mais pesado para o gaúcho, mas os dois têm amplas chances de seguir em frente.

Léo, até o momento em que postei essa matéria, ainda não havia enfrentado Tom Whitaker pelo round 3. Se tiver vencido, pega Bobby Martinez ou Shaun Cansdell. Ou seja, nenhum grande bicho papão.

Vamos torcer!



Caminho aberto para Slater em Trestles

Slater ri à toa com as eliminações prematuras dos rivais Fanning, Taj e Andy Irons.

O WCT masculino volta a realizar uma etapa, a sexta da temporada, esta semana, em Trestles, na Califórnia. A briga pelo título pegou fogo de vez.


Os três primeiros colocados no ranking foram eliminados prematuramente. O líder Mick Fanning e o terceiro colocado, Andy Irons, caíram no round 3. O vice-líder, Taj Burrow, não passou sequer da repescagem.


Com isso, que está rindo à toa é o quarto colocado. De quem se trata? Kelly Slater. O octacampeão mundial derrotou Rob Machado no round 3 e encara o irregular havaiano Fred Patacchia nas oitavas-de-final.


Se vencer em Trestles, Slater ficará a menos de 150 pontos de Fanning, considerando os dois descartes que os surfistas têm que fazer.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Ainda sobre o seis estrelas de Portugal

Amigos, mais uma vez peço desculpas pelos dias de inércia. É que quando a rotina do ganha-pão aperta é inevitável que esse enorme prazer seja deixado um pouco de lado.

Também, a participação dos brasileiros na última prova seis estrelas do WQS na Europa não me motivaram muito a escrever algo. Uma campanha pífia, onde sequer chegamos à fase das baterias homem-a-homem.

Jean da Silva somou uns pontinhos a mais, ganhou duas posições, mas a essa altura do campeonato a sua participação deve ser encarada como mais uma chance perdida de chegar perto da vaga no WCT. Em um campeonato onde praticamente todos os top 10 do ranking foram desclassificados prematuramente, era necessário que Jean avançasse mais.

Rodrigo Dornelles e Thiago de Souza foram outros que perderam na mesma fase do catarinense. O resultado não modificou a situação do Pedra, que está virtualmente classificado para o WCT 08, e a campanha confirma seu bom momento. O que pode ser importante para a sua participação do WCT deste ano.

Para Thiago a etapa de Portugal representou seu melhor resultado no ano e a perspectiva de que ele tem condições de seguir o WQS pra valer.

O evento foi vencido por Jeremy Flores, que não está muito preocupado com o ranking do WQS, já que é o atual número 12 do WCT. A vitória serviria mais para Josh Kerr, que ainda não engrenou na elite (é o 31o.).

Outros surfistas de ranking baixo, o australiano Leigh Sedley e o norte-americano Brett Simpson chegaram às semifinais, o que não alterou a luta pelas vagas na elite.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Notícias do seis estrelas português

Gilmar Silva terá um duelo espacial com Dane Reynolds (EUA) no round 3

Alguns dias de competição já se passaram em Ericeira, as ondas não estão lá grandes coisas e os organizadores só conseguiram realizar os dois primeiros rounds e seis baterias do round 3, que é quando entram na água os principais cabeças-de-chave.


O Brasil, como tem acontecido nas outras etapas européias, teve um ótimo desempenho nos dois primeiros rounds. Classificou um monte de gente, com bons desempenhos. Mas, no início do round 3, dos cinco que competiram somente o cabofriense Victor Ribas avançou. Hizunomê Bettero, Bernardo Miranda, Tinguinha Lima e Dunga Neto foram eliminados.


Ainda teremos mais 18 tentativas de classificação nas 18 baterias restantes. Além dos cabeças-de-chave, teremos alguns surfistas que foram bem nas fases anteriores, como Gilmar Silva, Yuri Sodré, Paulo Moura, Marco Polo e William Cardoso.


Thiago de Souza e Felipe Ximenes foram dois dos que passaram as duas baterias iniciais e chegam à fase dos cabeças. Quem sabe não embalam na onda dos brasucas-surpresa? Como Gilmar Silva em Lacanau e Hizunomê em Seignosse.


Vale lembrar que a etapa portuguesa é de seis estrelas. Ou seja, muitos pontos em jogo.


Jean da Silva (24o. do WQS) e Simão Romão (27o.), que ainda tentam se manter na briga pela vaga, caíram na mesma bateria e vão brigar pelas duas vagas com o australiano Shaun Gossmann (80o.) e o sul-africano Damien Fahrenfort (55o.). Os dois precisam de um grande resultado em Ericeira, algo como uma semifinal, no mínimo, para ficarem bem na fita.




domingo, 26 de agosto de 2007

WQS chega a Portugal esta semana

Essa semana tem o Buondi Pro, em Ericeira. É o último evento seis estrelas da rica e importante perna européia do WQS.

Disputada numa sequência incrível, com direito a um Super Series no meio, a perna européia consolidou a classificação de alguns surfistas para o WCT 08. Já estão lá o sul-africano Jordy Smith, os norte-americanos Dane Reynolds, Ben Bergouis e CJ Hobgood (que também se classifica pelo ranking do WCT), o australiano Jay Thompson, o português Tiago Pires e os brasileiros Jihad Khodr e Rodrigo Dornelles.

Nas ondas lusitanas, o Brasil vai mais uma vez com um enorme contingente. São 10 brasucas no round 1, 16 pré-classificados no round 2 e outros 10 cabeças de chave no round 3.

Esperamos que o fato do evento acontecer em nosso país-irmão inspire nossos surfistas. Até aqui, além dos bons desempenhos de Dornelles e Jihad e de um ou outro resultado de algum surfista que estava lá por baixo do ranking, não temos muito o que comemorar.

Veja a chave do evento seis estrelas de Portugal:
http://64.78.18.131/alhunt/files/2007mqevt30.xls

As contas para subir


Rodrigo Dornelles pode comemorar. Com 10.838 pontos, se garantiu no WCT 08

Sei não.


Como eu já havia escrito aqui, li no globoesporte.com que a ASP estipulou em 10 mil pontos a contagem necessária para um surfista se garantir no WCT do ano que vem, via ranking do WQS.


Também já escrevera que, na minha humilde opinião, esse número era maior. Algo em torno dos 10.500 pontos.


Pois bem. No momento em que ainda faltam três etapas seis estrelas (2.500 pontos ao vencedor) e outras três etapas seis estrelas prime (3.000 pts.) começo a duvidar até mesmo da minha previsão.


Senão, vejam só: Após o Super Series da França, o ranking da divisão de acesso traz apenas cinco surfistas que estão entre os Top 15 que ainda não atingiram os 10 mil pontos. O atual 15o., o norte-americano Gabe Kling, já tem 9726 pontos.


Mais: do 9o. ao 29o colocado, todos têm ao menos um resultado com menos de mil pontos para ser trocado. Em seis tentativas, certamente esses resultados serão mudados por um de mais de mil pontos.


Não me resta qualquer dúvida. Vai ter gente com mais de 10 mil pontos que não vai se classificar para o WCT 08.


Talvez até mesmo gente com mais de 10.500.


Vamos esperar para ver.
Clique aqui e veja, no calendário da ASP, as etapas que ainda restam:

Cansdell vence Super Series. Ainda bem...


As finais do Rip Curl Pro, etapa Super Series do WQS, rolaram ontem, sábado. Hoje, domingo, recupero o que houve de melhor.


O título ficou com o australiano Shaun Cansdell, que bateu o norte-americano Dane Raynolds na final. Para quem está na briga por uma das 15 vagas, um bom resultado.


Candell subiu apenas para o 40o. lugar do ranking - estava fora dos Top 100 antes da etapa. E Reynolds apenas confirmou a conquista da vaga.


Já a ida à semifinal do norte-americano CJ Hobgood e do brasileiro Rodrigo Dornelles não foi nada comemorada por quem está por ali, entre a 16a. e a 30a. posição. Os dois ultrapassaram a marca dos 10.800 pontos e estão virtualmente classificados.


Outros que lucraram bastante com o Super Series foram o francês Mikael Picon e o australiano Luke Munro. Os dois voltaram ao Top 15, o primeiro com a campanha até as oitavas-de-final, o segundo com a ida às quartas.


Na briga pelo título do WQS, Jordy Smith é cada vez mais líder e tem agora Dane Reynolds como principal seguidor.


Entre os brasucas, Jihad Khodr é sétimo, Dornelles é o oitavo e Heitor Alves é o nono. Neco Padaratz é o último dos brasileiros no Top 15, em 11o.


Jean da Silva perdeu dez posições e parou no 24o. lugar. Simão Romão, que chegou ao round dos 24, perdeu uma. Mas ambos estão no pelotão que briga diretamente por uma vaga. A diferença de Simão, último deste pelotão, para o atual 15o. colocado, o norte-americano Gabe Kling, é de menos de 700 pontos.




sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Hizunomê só pára nas oitavas

A campanha de Hizunomê Bettero em Seignosse é digna de registro.

O paulista só pegou bateria casca grossa pela frente. E não amarelou. Eliminou atuais Tops do WCT, como os australianos Ben Dunn e Adrian Buchan, e ex-integrantes da elite, como o sul-africano David Weare e o também australiano Kieren Perrow.

Só parou diante do embalado líder do WQS, o sul-africano Jordy Smith.

A pontuação pelas oitavas-de-final vai alçar Hizunomê do atual 79o. lugar para bem perto dos Top 50. E motivá-lo para encarar o WQS no ano que vem.

Pedra perto de garantir mais um ano no WCT

Vamos falar de coisas boas.

Rodrigo Dornelles é um cara rodado, que já esteve no WCT por algumas temporadas. Nunca conseguiu se manter na elite através dos resultados do próprio WCT. Mas seu bom desempenho no WQS lhe dá legitimidade para ser um Top 45.

Este ano não tem fugido à regra. O Pedra é apenas o 34o. do WCT, portanto, momentaneamente fora dos 27 que permanecem através do ranking da elite.

Em Seignosse, o gaúcho já se garantiu nas quartas-de-final do evento Super Series. É o único brasileiro na briga pelo título. Com isso, passou dos 10.400 pontos e virou top 10 da divisão de acesso. Ou seja, está a um passo de disputar mais o WCT por mais uma temporada.

Novamente, graças ao ranking do WQS.

O diferencial de um Top

Estou sempre na torcida pelos brasileiros. É por isso que acompanho sempre os eventos do WQS. Mesmo os que são de madrugada.

E tenho bem claro na minha cabeça que, em se tratando de divisão de acesso, a torcida deve ser maior pelos mais novos. Assim, o Brasil garante uma renovação constante e vai dando experiência a um número maior de surfistas.

Jean da Silva e Simão Romão são dois dos que têm mais chance de brigar por uma vaga no WCT. Mas, é preciso dizer, é nos momentos decisivos, diferenciados, onde a pressão se faz mais forte, que se separa um surfista do WCT de um do WQS.

O Super Series de Seignosse é um desses momentos.

Jean vai ser um dos grandes prejudicados pela etapa. Perdeu de cara, não trocou seu resultado e, pior, viu uma leva de surfistas que estavam poucas posições atrás no ranking, fazerem o que ele não fez. Com isso, vai ser expulso do Top 15. Pelo menos sete surfistas já o passaram, o que faz com que ele saia até mesmo do Top 20.

Simão Romão foi melhor. Avançou ao round dos 24 e ao menos não se distanciou da briga pela vaga. Mas viu a maioria dos seus rivais imediatos, os mesmos que vão passar Jean, avançarem um pouco mais longe que ele. E é esse "um pouco mais" que faz a diferença.

O Super Series causou um efeito de divisão no ranking do WQS. Agora, o funil dos que têm chances reais de lutar por uma vaga no WCT apertou de vez. É que todos os surfistas colocados entre o 20o. e o 26o. lugar chegaram ao menos ao round dos 24 e elevaram bastante suas pontuações. No pelotão seguinte, até o 39o., apenas o sul-africano Royden Bryson (31o.) fez campanha semelhante.

Com isso, vai se abrir uma distância de pontos grande entre os dois grupos. Cerca de 800 pontos vão separar o havaiano Roy Powers, que é quem deve ficar na rabeira do pelotão principal, o que briga diretamente pelas vagas, do tahitiano Michel Bourez, o ponteiro desse segundo pelotão. Para os surfistas desse segundo grupo, um resultado de quartas-de-final em seis estrelas, por exemplo, apenas os colocarão de volta à briga. Antes do Super Series, era capaz de colocá-los já no grupo dos Top 15.

Pois é. Jean e Simão estarão um pouco acima de Roy Powers. Perto da rabeira do pelotão principal.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Super Series pega fogo. Brasucas dizimados.

O Rip Curl Pro, etapa Super Series do WQS, rolou nesta quinta-feira com altas ondas em Seignosse, na França.

Os brasileiros foram pratizamente dizimados.

Dos cinco que disputaram as baterias restantes do round 2, somente Léo Neves se classificou. Ao final do round 3, quando tínhamos um contingente de oito surfistas, apenas Hizunomê Bettero, Simão Romão e Rodrigo Dornelles se classificaram para o round dos 24.

Não há o domínio absoluto de um país. Tem gente de todo canto no round dos 24. O que chama a atenção é a quantidade de gente na briga por uma vaga ao WCT que já ficou pelo caminho.

Aritz Aramburu, David Weare, Kieren Perrow, Gabe Kling, Nathan Hedge, Tim Boal, Jarrad Howse e Drew Courtney são alguns deles. Nas baterias restantes do round anterior, já havia dançado um monte de caras que também brigam: Jean da Silva, Dayyan Neve, Neco Padaratz, Darren Orafferty, Michel Bourez, Yuri Sodré e Dustin Barca.

Com isso, alguns dos sobreviventes se deliciam com a possibilidade de crescer no ranking. Royden Bryson (31o.), TJ Barrow (40o.), Dustin Coizon (42o.), Nic Muscroft (43o.) e Daniel Ross (47o.), tentam se colocar para dar o bote nos top 15.

Mikael Picon, Rodrigo Dornelles, Troy Brooks, Adrian Buchan, Shea Lopez, Luke Munro e Simão Romão estão, nesta ordem exata, do 20o. ao 26o. lugar, doidos para beliscarem uma das vagas, já em Seignosse.

CJ Hobgood (15o.) já conseguiu isso.

Um cara, em especial, ri ainda mais à toa. Dane Reynolds sacramentou a vaga no WCT 2008, pois ultrapassa os 10.500 pontos.

Se brincar, entra na briga pelo título do WQS, que tem o líder Jordy Smith, o vice, Tiago Pires, e o quarto colocado, Jay Thompson, também entre os 24 melhores do Super Series.

É briga pra todo gosto. Na etapa e no ranking do WQS.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Baixas no round 2

Quem vai parar Jordy Smith? O líder do WQS fez um 9,77 em sua primeira onda


Finalizado o round 1 em Seignosse, a organização pôs na água as 16 primeiras baterias do round 2. No Super Serie é diferente. Em vez de estrearem no round 3, os principais cabeças-de-chave entram logo na segunda fase.


Assim, o funil apertou e os brasileiros não foram muito bem. Dos 16 que competiram, apenas sete avançaram. Saldo negativo. Outros oito surfam pelo round 3 nesta quinta-feira.


É uma pena, mas, entre esses nove que deram adeus ao título, estão alguns dos brasucas que ainda sonham com uma vaga no WCT. Ficou ainda mais difícil para Pablo Paulino, Odirlei Coutinho e André Silva.


Jihad Khodr e Heitor Alves, um garantido e outro quase lá, foram outros que não passaram da estréia. Um duro golpe.


Outros que deram adeus foram o pernambucano Paulo Moura, o potiguar Marcelo Nunes, o carioca Victor Ribas e o alagoano Tânio Barreto, todos em baixa no WQS.


Mas vamos falar de coisas boas.


Rodrigo Dornelles, que entrou de vez na briga após as quartas-de-final em Lacanau, avançou em segundo, atrás do australiano Luke Munro. Que continue assim, na moita.


Simão Romão foi outro que passou em segundo, menos de um ponto atrás do japonês Izuki Tanaka. Uma pena que Pablo Paulino tenha sido o terceiro. De consolo, a eliminação de Roy Power, 18o., mas em queda livre no ranking, em quarto.


Bernardo Pigmeu, que andou machucado, volta aos ritmos aos poucos. Ficou em segundo na bateria que teve Jihad em terceiro e que foi vencida pelo norte-americano Dane Gadauskas. É o 51o. no ranking, mas pontuações baixas a descartar. Um bom resultado em Seignosse e é outro que entra no bolo.


Hizunomê Betero está apenas em 78o. lugar, mas tenta em seu primeiro ano completo de WQS, terminar o ano bem. Passou em segundo numa bateria muito dura, só contra australianos. Atrás do top 4 do WQS, Jay Thompson, e à frente do top 45 do WCT, Benn Dunn, e da revelação Wade Goodall.


Os outros que avançaram estão bem embaixo no ranking. Bruno Santos venceu sua bateria contra Nathan Yeomans, Greg Emslie e Marcelo Nunes.


Guilherme Herdy ficou em segundo, atrás de Adan Robertson, mas ajudou a quem está na briga ao despachar Kirk Flintoff (10o.) e Chris Davidson (29o.).


Renato Galvão ficou atrás do ameaçado top do WCT, Shaun Candell, e eliminou os europeus Pablo Gutierrez e Russel Winter.

Na volta do round 1, três avançam na França

O vento maral baixou um pouco, as ondas continuaram potentes em Seignosse e a etapa super serie do WQS, o Rip Curl Pro, pôde recomeçar.

Os brasileiros não estão tendo vida fácil no evento. Mas, enfim, nunca foi fácil pros brasucas...

O dia começou com saldo positivo. Dos cinco que competiram nas baterias restantes do round 1 (o sexto, Raoni Monteiro, desistiu da etapa), três se classificaram e dois foram eliminados. William Cardoso, Yuri Sodré e Pedro Henrique avançaram. Fábio Gouveia e Beto Fernandes, não passaram da estréia.

Yuri, atual 34o. do ranking, busca um grande resultado para voltar à briga direta por uma vaga no WCT. Já tem vários resultados de mil e poucos pontos. Precisa ir mais longe e nada melhor do que fazer isso no Super Series.

William cumpre seu primeiro ano e vai bem. Está entre os 50 e vem de oitavas-de-final em Lacanau.

Pedrinho, após sair do WCT, ainda não se encontrou. Está em 67o. Sua situação é a de como se estivesse em uma bateria em que já se passou mais da metade do tempo e ele precisa começar a trocar os resultados. E já não restam muitas ondas. Difícil.

Fabinho e Galvão estão distantes da briga. Bem distantes. Estão longe no ranking, não disputaram muitas etapas no ano e parecem fora de ritmo, fora do contexto. Como se o WQS não fosse a deles.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Nada de surfe em Itacaré e Seignosse

As ondas baixaram em Itacaré, no litoral baiano, e subiram demais, em Seignosse, litoral francês. Resultado: nada de competição nesta terça-feira no WCT feminino e no WQS masculino.

Quando as ondas voltarem em Itacaré, a terceira etapa do WCT feminino recomeça com as duas baterias da repescagem. São duas baterias de três competidoras e só a terceira colocada vai embora mais cedo.

Na primeira, a ex-campeã mundial Sofia Mulanovich (PER) encara Roseanne Hodge (ZAF) e Nicola Atherton (AUS). É favorita absoluta, no entanto, a peruana tem se acostumado, desde que faturou o título mundial, a sofrer com apagões que a tornam presa fácil para qualquer adversária. Vamos ver...

Na outra disputa, Jessi Miley Dyer (AUS) pinta como favorita. A jovem australiana, atual campeã do WQS, é outra que peca pela inconstância. Costuma bater recordes de maiores notas e pontuações e ficar pelo meio do caminho. As adversárias são Rochelle Ballard (HAW) e Claire Bevilacqua (AUS).

No Super Series da França, quando as ondas melhorarem serão realizadas as seis baterias restantes do round 1. A pimeira do dia não terã brasileiros, mas as outras cinco, sim. Seguem as disputas dos brasucas:

Bateria 20
Nic Muscroft (AUS)
Bobby Hansen (NZL)
Federico Pilurzu (CRI)
Beto Fernandes (BRA)

Bateria 21
William Cardoso (BRA)
Maz Quinn (NZL)
Frederic Robin (FRA)
Daniel Jones (HAW)

Bateria 22
Dustin Barca (HAW)
Fábio Gouveia (BRA)
Jake Paterson (AUS)
Hugo Savalli (FRA)

Bateria 23
Pedro Henrique (BRA)
Mark Mathews (AUS)
Marc Lacomare (FRA)
Ryan Campbell (AUS)

Bateria 24
Yuri Sodré (BRA)
Toby Martin (AUS)
Teppei Tajima (JAP)
Raoni Monteiro (BRA)

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Seignosse bombando...


As fotos da galeria do site do Rip Curl Pro Super Series não estão disponíveis para quem quiser copiá-las. Quem quiser checar como estão as ondas, é só acessar www.ripcurl.com/ripcurlpro/ e ir na seção "photos".


Aqui vai uma pequena amostra de como o mar estava casca grossa. Essa eu peguei da seção "news". É o norte-americano Adan Melling, que fez a pontuação mais alta do dia.


Não deu pra entender mesmo porque a transmissão do evento pela internet não mostrou as baterias. Ficou lá, a câmera ora fechada nos caras que faziam a transmissão, ora bem aberta, mostrando a praia e as ondas, bem ao fundo.


Aliás, vários campeonatos do WQS só começam a transmitir as baterias depois que o campeonato já começou há alguns dias. Deve custar algum dinheiro, mas deveriam transmitir desde a primeira bateria. Ajudaria na popularização do surfe e aplacaria a ansiedade dos viciados, como este blogueiro que vos fala.

Começa o WCT feminino em Itacaré


Semana de WCT feminino na Bahia. É a terceira etapa da divisão de elite das mulheres.


A cearense Silvana Lima é a quarta do ranking, mas tem surfe pra mais. A foto deste post mostra que eu falo a verdade. Jacqueline Silva mostrou nas etapas do WQS que não deve absolutamente nada a qualquer adversária.


Ainda assim, as duas estrearam discretamente. Passaram para a terceira fase em segundo lugar nas suas baterias. No WCT feminino, as terceiras colocadas vão para a repescagem e as duas primeiras avançam para o round 3.


Silvana perdeu por menos de um ponto para a australiana Rebeca Woods, que também surfa muito. Com os 13,45 pontos, a cearense teria vencido três das outras cinco baterias. Mas o que vale é a vaga.


Jacqueline Silva não esteve tão bem, mas se classificou com facilidade, à frente da australiana Nicola Atherton, que faturou ontem o WQS de Itacaré. Mas ficou bem distante da australiana Chelsea Hedges, que simplesmente cravou 18,50 pontos, com um 9,50 e um 9,00. Me atrevo a dizer que dificilmente haverá uma soma maior que essa no evento.


Quem quiser assistir ao evento, é só acessar www.aspworldtour.com.

Nove brasucas avançam no Super Series

O Brasil terminou com um saldo positivo o primeiro dia de disputas do Rip Curl Pro Super Series, evento de maior pontuação do WQS, que acontece em Seignosse, na França.

As condições estavam difíceis, com ondas de 5 a 7 pés, meio fechando. Ainda assim, os brasucas botaram pra baixo e garantiram nove classificações em 15 tentativas.

André Silva estreou com vitória numa bateria dura, que contou com o tricampeão Tom Curren, eliminado em 3o. lugar. Shaun Gossman (AUS) passou em 2o. e Nathan Carrol (HAW) ficou em último.

Guilherme Herdy passou em segundo, atrás do alemão Marlon Lipke e ainda tirou o número 32 do ranking, o norte-americano Asher Nolan.

Paulo Moura estreou com uma vitória tranquila, com o português Justin Mujica em segundo. Dançou a dobradinha havaiana formada por Ola Oleagram e Makua Rothman.

A primeira baixa foi Dunga Neto. Ainda assim, comemoramos na mesma bateria a classificaçao de Hizunomê Bettero, em segundo, atrás do porto-riquenho Brian Toth. Shaun Burrel (EUA) ficou em 3o.

A segunda baixa foi mais sentida pelo blog. Júnior Faria fez um grande evento em Lacanau, mas aqui parou na estréia, em 3o. Passaram os australianos Wade Goodal (em boa fase) e Jack Perry. Em último parou Mike Todd EUA), que despenca no ranking.

Tânio Barreto venceu uma bateria muito, muito casca grossa. E venceu bem, com um dos maiores scores do dia (14,33). Na briga australiana pela segunda vaga, Blake Thorton venceu Corey Ziems por 0,2 ponto. Gony Zubizarreta foi o 40., bem atrás.

Em outra bateria dura, funcionou a dobradinha brasileira. Renato Galvão e Pablo Paulino deixaram Daniel Redman (ZAF) e Darren Turner (AUS) na saudade. O sul-africano foi quadrifinalista em Lacanau.

Marcelo Nunes, enfim, voltou a passar uma bateria, em segundo lugar, antes de uma série de eliminações para europeus.

Robson Santos parou ante Jonathan Gonzales (ESP) e Eric Ribieri (FRA). E, ainda mais duro, a dobradinha brasuca funcionou ao contrário, ou melhor, não funcionou. Gilmar Silva e Jorge Spanner perderam para Romain Laulhe (FRA) e Hodei Collazo (ESP). Uma pena, pois ostrês foram bem em Lacanau.

Voltamos a brilhar com Danilo Costa, que venceu sua disputa contra dois havaianos, TJ Barrow (2o.) e Mason Ho (3o.), e um português, Ruben Gonzales.

Fechando o dia, Marcelo Trekkinho não achou uma parede manobrável durante toda a bateria e ficou em 3o. contra a dupla de sul-africanos Damien Fahrenfort (1o.) e Antonio Bortolleto (2o.). Dion Atinkson (AUS) foi o último.

Ainda restam seis baterias no primeiro round, que devem cair na água nesta terça. Nas cinco últimas tem brasileiro, sendo que na última são dois, Yuri Sodré e Raoni Monteiro.

domingo, 19 de agosto de 2007

Brasucas no round 1: é só pedreira!

Vamos lá às baterias dos brasileiros escalados no round 1 do Super Series. Como eu havia dito no post anterior, é só pauleira. As piores, na minha modesta opinião, as de André Silva, Júnior Faria, Paulo Moura e Beto Fernandes, sendo que os dois primeiros vêm de boas campanhas e estão confiantes.

Round 1
Bateria 1
André Silva (BRA)
Shaun Gossmann (AUS)
Nathan Carroll (HAW)
Tom Curren (EUA)

Bateria 4
Asher Nolan (USA)
Marlon Lipke (ALE)
Dylan Graves (PRI)
Guilherme Herdy (BRA)

Bateria 6
Ola Eleogram (HAW)
Paulo Moura (BRA)
Makua Rothman (HAW)
Justin Mujica (POR)

Bateria 7
Marcelo Trekinho (BRA)
Hizunome Bettero (BRA)
Brian Toth (PRI)
Dunga Neto (BRA)

Bateria 8
Mike Todd (USA)
Junior Faria (BRA)
Wade Goodall (AUS)
Glenn Hall (AUS)

Bateria 10
Corey Ziems (AUS)
Gony Zubizareta (ESP)
Blake Thornton (AUS)
Tânio Barreto (BRA)

Bateria 12
Pablo Paulino (BRA)
Darren Turner (AUS)
Daniel Redman (ZAF)
Renato Galvão (BRA)

Bateria 14
Alex Gray (EUA)
Shaun Ward (EUA)
Jay Quinn (NZL)
Marcelo Nunes (BRA)

Bateria 15
Jonathan Gonzalez (ESP)
Eric Rebiere (FRA)
Robson Santos (BRA)
Jean Sebastien Estienne (FRA)

Bateria 16
Hodei Collazo (ESP)
Gilmar Silva (BRA)
Jorge Spanner (BRA)
Romain Laulhe (FRA)

Bateria 17
T.J Barron (HAW)
Danilo Costa (BRA)
Mason Ho (HAW)
Ruben Gonzalez (POR)

Bateria 20
Nic Muscroft (AUS)
Bobby Hansen (NZL)
Federico Pilurzu (CRI)
Beto Fernandes (BRA)

Bateria 21
William Cardoso (BRA)
Maz Quinn (NZL)
Frederic Robin (FRA)
Daniel Jones (HAW)

Bateria 22
Dustin Barca (HAW)
Fabio Gouveia (BRA)
Jake Paterson (AUS)
Hugo Savalli (FRA)

Bateria 23
Pedro Henrique (BRA)
Mark Mathews (AUS)
Marc Lacomare (FRA)
Ryan Campbell (AUS)

Bateria 24
Yuri Sodré (BRA)
Toby Martin (AUS)
Teppei Tajima (JAP)
Raoni Monteiro (BRA)

Quem quer ganhar 3.500 pontos?

Saiu a chave do Rip Curl Pro, único evento com status Super Series do WQS, que acontece a partir de terça-feira, em Hossegor, na França. O campeão leva nada menos que 3.500 pontos!!! Ganhar um evento como esse é, praticamente, garantir uma vaga no WCT 08.

Pra se ter uma idéia, se o 44o. do ranking, o sul-africano Greg Emslie, vencer o evento de Hossegor, ultrapassará a barreira dos 10 mil pontos. Essa é a pontuação que a ASP supõe ser necessária para um surfista de garantir no WCT, via WQS. Para mim, passaporte carimbado só mesmo com 10.500 pontos.

O Super Series é um evento único também no formato. É reduzido a um número menor de participantes, pois conta com apenas uma fase antes da entrada dos principais cabeças-de-chave. Ou seja, para quem vem desde o primeiro round, é preciso passar um número menor de baterias para se chegar ao título. No entanto, a pauleira começa desde cedo.

A Austrália, como sempre, começa com o maior contingente, com 35 surfistas, sendo 20 na primeira fase e 15 cabeças-de-chave. O Brasil vem logo atrás, com 33, sendo 21 no round 1 e 12 cabeças-de-chave. Os Estados Unidos terão 19 (13 + 6 cabeças-de-chave).

Super-Jordy, novo Slater, como queiram...

Jordy Smith, campeão do seis estrelas de Lacanau e líder do WQS. O cara tá detonando.


Campeão do seis estrelas Sooruz Lacanau Pro e novo líder do ranking do WQS. Nada mal para um surfista que disputa seu primeiro ano completo na divisão de acesso. Pois bem, é dessa forma que o sul-africano Jordy Smith passou o domingo.


Justo, justíssimo, o grande momento que atravessa ao surfista de 19 anos. Já havia dado uma amostra do que era capaz ao chegar 'a final do evento de Sunset da Tríplice Corôa Havaiana do ano passado. Em seguida, poucos meses depois, derrotou Adriano de Souza para conquistar o título mundial júnior. Agora, referenda a conquista antecipada da vaga, que ocorrera ainda no primeiro semestre com o título em Lacanau.


A liderança do WQS está em ótimas mãos.


Aritz Aramburu (ESP) ficou em segundo e está muito perto da vaga. É o 9o. do ranking, com 9.957 pontos.


Entre os brasileiros, Jihad Khodr sacramentou a conquista da vaga com uma boa semifinal, onde foi derrotado pelo espanhol. É o quinto do ranking, com 10.875 pontos.


Rodrigo Dornelles parou contra Dayyan Neve (AUS) nas quartas e agora é o 21o. do WQS, a menos de 300 pontos do 15o. colocado. Aliás, são dois 15os., o norte-americano CJ Hobgood e o próprio Dayyan Neve, que têm 9.113 pontos. O Pedra tem 8.838 pts.


Neco Padaratz subiu para oitavo e Jean da Silva ganhou apenas uma posição e agora é o 13o. do ranking.


Se o Circuito Mundial se encerrasse hoje, teríamos o seguinte time para o WCT 08: Jihad Khodr, Heitor Alves, Neco Padaratz e Jean da Silva, pelo WQS, e Adriano de Souza, Raoni Monteiro, Bernardo Pigmeu e Léo Neves, pela própria elite. Um time e tanto, mas ainda tem muita onda pra rolas no Tour deste ano.


Ao menos temos a certeza que Jihad está garantido. Heitor, praticamente, falta muito, muito pouco. Neco um pouco mais, mas é outro que dificilmente ficará de fora.


Os outros ainda têm um longo caminho pela frente. Mas estão bem na fita. É torcer por eles e para que outros entrem na briga. Pedra, Simão Romão (26o. no WQS), Yuri Sodré (34o.) e Pablo Paulino (39o.) são os mais prováveis.

sábado, 18 de agosto de 2007

Tem gente entrando na briga...


Não foi somente para os brasileiros Jihad Khodr, Neco Padaratz, Jean da Silva e Rodrigo Dornelles que o Sooruz Lacanau Pro foi um evento muito importante para efeito de ranking do WQS.


O tahitiano Michel Bourez, o francês Tim Boal, o havaiano Joel Centeio e os australianos Dayyan Neve e Nic Muscroft (foto) comemoram na França a entrada na luta pelas vagas no WCT.


Neve é o maior beneficiado do grupo. Com a classificação para as quartas-de-final, o atual 37o. colocado do WCT ruma para seguir na elite via WQS. Deve pular para o 19o. lugar, mas pode até mesmo entrar no top 15 se avançar mais. Tomara que Rodrigo Dornelles, que o enfrenta nas quartas-de-final, não deixe.


Bourez, Boal e Centeio ficam na casa dos 8 mil pontos, entre os 25o. e 30o lugares. Sendo que Centeio é outro que pode subir ainda mais. Esperamos que não, já que ele é o adversário de Jihad Khodr nas quartas-de-final.


Nic Muscroft sai do 50o. lugar e já ascende por volta do 40o. posto. Ainda distante da briga, mas com um outro ânimo.

Jihad garantido no WCT 08. Neco muito perto.

Vi um dia desses, na competente página de surfe do globoesporte.com, que a ASP garantiu que, com 10 mil pontos no ranking do WQS, um surfista está garantido no WCT do ano que vem.

Sei não, mas acho que vai ter gente com mais de 10 mil pontos que vai ficar de fora. Só para se ter uma idéia, o atual 15o. colocado do WQS está com quase 9 mil. E ainda faltam nada menos que seis etapas de seis estrelas ou mais. É muito ponto em jogo.

Prefiro continuar com meu prognóstico. Pra mim, quem fizer 10.500 está garantido.

Nessa linha, os parabéns para o paranaense Jihad Khodr. Depois de ter batido na trave e ter ficado a uma vaga do WCT, Jihad dá a volta por cima e já pode começar o planejamento para disputar a elite em 2008.

Com os pontos garantidos pelas quartas-de-finala, o paranaense passa dos 10.600 e retoma o quinto lugar no ranking, deixando o cearense Heitor Alves em sexto.

Neco Padaratz está quase com 10.000 pontos. Está quase lá, mas duvido muito que não troque ao menos a sétima pontuação por mais um grande resultado.

Jean da Silva pode terminar a semana em 11o. lugar. Não deixa de ser um refresco, já que ele vinha em 14o. na beira da degola. Só não sobe ainda mais porque será ultrapassado por Aritz Aramburu. É a diferença que um título de seis estrelas faz.

Rodrigo Dornelles, só com os 1625 das quartas-de-final, entra de vez na briga. Pula de 29o. lugar para o top 20, a 100 pontos da 15a. vaga.

William Cardoso passa do 65o. lugar para o top 50 e Gilmar Silva sai do 113o. lugar para o top 80, isso com apenas seis etapas disputadas.

Os oito sobreviventes


As ondas continuam bombando em Lacanau neste sábado. Com isso, os organizadores realizaram o round dos 24 e as oitavas-de-final, primeira fase realizada em baterias homem-a-homem. Dois brasileiros, dois australianos, dois sul-africanos, um havaiano e um espanhol avançaram às quartas-de-final e chegam ao último dia, neste domingo, na briga pelos 2500 pontos no ranking do WQS.


No round dos 24, as duas maiores surpresas foram as eliminações do australiano Nathan Hedge e do brasileiro Jean da Silva, que estavam entre os melhores do evento até então. Ainda assim, garantiram pontos importantes.


Outro brasuca que perdeu nessa fase foi Júnior Faria, que pode ganhar umas 20 posições, entrando no top 80.


Destaque, mais uma vez, para a performance de Jihad Khodr, que venceu com notas acima dos 7,50 pontos e só não teve uma pontuação maior que a do australiano Nic Muscroft (17,50). Outro bom momento brasuca foi a dobradinha Rodrigo Dornelles e William Cardoso, que despachou o ex-top dp WCT, Jake Peterson.


Veio a fase das oitavas-de-final e o contingente brasuca acabou reduzido a Jihad, que manteve a boa média e despachou o líder do ranking, Tiago Pires, sem maiores problemas, e a Rodrigo Dornelles. O Pedra despachou ninguém menos que Dane Reynolds, numa disputa muito equilibrada.


Só não tivemos um terceiro brasileiro nas quartas-de-final porque Neco Padaratz topou com um Dayyan Neve (voando na foto) endiabrado. O catarinense somou excelentes 15,10, que o dariam a vitória em qualçquer uma das outras sete baterias. Mas não nessa, contra Neve, que igualou a melhor média do dia e do campeonato, de Muscroft, 17,50.


Gilmar Silva, em mais uma grande campanha, perdeu para Aritz Aramburu, e William Cardoso parou numa bateria sem muitas ondas e de baixa pontuação, contra Nic Muscroft.


As quartas-de-final programadas para este domingo:


Jordy Smith (ZAF) x Nic Muscroft (AUS) - Tem tudo para ser uma das maiores baterias do evento. Os dois estão muito consistentes.


Dayyan Neve (AUS) x Rodrigo Dornelles (BRA) - Neve é um dos recordistas do evento. Está voando alto. O Pedra é azarão. Melhor assim...


Jihad Khodr (BRA) x Joel Centeio (HAW) - Jihad é favorito, mas o havaiano é perigoso e tem encaixado bem seu surfe em Lacanau. Vai ser um duelo de frontsiders para a direita.


Daniel Redman (ZAF) x Aritz Aramburu (ESP) - Duelo de dois surfistas que pouca gente colocaria entre os oito sobreviventes. Redman é mais power e o espanhol manobra mais. Vai ser equilibrado.


sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Sete brasucas e um destino

Jean da Silva encaixou seu surfe em Lacanau e pode ficar perto do WCT de 2008

Sete brasileiros continuam na briga pelo título do Sooruz Lacanau Pro, seis estrelas do WQS que acontece esta semana, na França. São sete entre os 24 competidores, o maior contingente de um único país.


Veja abaixo como andam os sete brasucas, por ordem de colocação no ranking do WQS:


6) Jihad Khodr (PR) - O paranaense é, ao lado do norte-americano Dane Reynolds, o melhor surfista do campeonato. Venceu as duas baterias que disputou, sempre com notas computadas acima de 7,67 e somatórios acima de 15,5. Se avançar mais duas fases pode comemorar a classificação antecipada para o WCT 2008.


10) Neco Padaratz (SC) - Em baixa no WCT, Neco vai se mantendo na elite através do WQS. Com certeza, pelo surfe que tem, não é o que ele quer. De qualquer forma, a boa performance na divisão de acesso o motiva para as disputas que virão no WCT. Já garantiu o avanço de duas posições no ranking do WQS. Se avançar às semifinais, poderá se dedicar apenas à elite. Em Lacanau, ainda não fez nenhuma apresentação que o credencie ao título. Mas sempre pode chegar lá.


14) Jean da Silva (SC) - Dedicado, profissional e bom competidor, está cada vez mais perto do sonho de fazer parte da elite. É muito novo e tem boas chances de fazer uma boa carreira no WCT. Em Lacanau, passou sufoco em sua primeira bateria e venceu com tranquilidade no round dos 48. Está adaptado e foi um dos poucos a encontrar um barrel.


29) Rodrigo Dornelles (RS) - Com essa colocação, o Pedra já garantiu ascender por volta do 20º lugar no ranking. Pode acabar até mesmo entre os top 15 se chegar mais longe. Não vem bem no WCT e tem corrido por fora para se manter na elite pelo WQS. É consistente e, dessa forma, pode surpreender. Em Lacanau, segue a mesma linha, sem ser notado.


65) William Cardoso (SC) - O resultado em Lacanau já catapulta o catarinense para o grupo dos top 50. É apenas seu primeiro ano seguindo pra valer o tour. Tem passado muitas baterias e este é o seu segundo resultado acima do round dos 24. Já não é uma promessa, é uma realidade que merece ser lapidada. Venceu duas baterias cheias de tops e ex-tops do WCT.


97) Júnior Faria (SP) - Outro que está em seu primeiro ano completo de WQS, consegue um grande resultado em Lacanau e vai subir bastante no ranking. Compensa o pouco power no seu surfe com um repertório de manobras aéreas. Foi assim que venceu a bateria casca grossa contra Aritz Aramburu, Léo Neves e Adriano de Souza.


113) Gilmar Silva (SP) - E lá vem Gilmar de novo... É um verdadeiro fenômeno. Esta é a sexta etapa que disputa no ano e a terceira em que alcança o round dos 24. E sempre competindo sempre do primeiro round. Se mantiver o excelente aproveitamento, pode ser a maior surpresa do ano. Em Lacanau, mostrou que ainda pode elevar sua performance se tiver um pouco mais de calma e encaixar as manobras fortes na hora certa.

Os 17 felizardos


Mais 16 Top 50 do ranking do WQS deram adeus às disputas do Sooruz Lacanau Pro. Segue a lista dos que desperdiçaram a chance de passar pro round dos 24, que é quando a pontuação - 1.125 pontos - começa a valer à pena para efeito da soma total de cada surfista. No ranking do WQS, que garante 15 vagas para o WCT do ano que vem, contam os sete melhores resultados de cada surfista.


2) Ben Bourgeois (EUA)

7) Kirk Flintoff (AUS)

9) Kieren Perrow (AUS)

11) Gabe Kling (EUA)

15) Roy Powers (HAW)

17) CJ Hobgood (EUA)

20) Adrien Buchan (AUS)

22) Simão Romão (BRA)

23) Shea Lopez (EUA)

25) Drew Courtney (AUS)

28) Royden Bryson (ZAF)

33) Léo Neves (BRA)

38) Adriano de Souza (BRA, na foto)

39) Kekoa Belcaso (HAW)

42) Dustin Coizon (HAW)

47) Brett Simpson (EUA)


Dezesseis de hoje, com mais 15 de ontem, são 31 tops 50 fora. Outros dois nem apareceram em Lacanau. Com isso, restam 17 na disputa, número grande para o round dos 24.


Ou seja, pra quem estava fora dos top 50 antes de Lacanau, a disputa por uma das 15 vagas vai ficando cada vez mais difícil.

Quatro pés em fundo de areia? Só da Brasil...


Amigos, Lacanau viu hoje um verdadeiro show de surfe. O mar, que andava meio storm, deu uma baixada só ao ponto das ondas ficarem bem manobráveis, ainda com um bom tamanho. Resultado: Batidas, aéreos, reentradas, tail slides e até mesmo uns poucos tubos.


E nessas condições de 3, 4 pés, em fundo de areia, os brasileiros são praticamente imbatíveis. Não à toa, os brasucas reverteram uma posição de desvantagem em relação a australianos e norte-americanos e chegam à reta final do Sooruz Lacanau Pro com o maior contingente. São sete dos nossos contra cinco australianos, três sul-africanos, dois norte-americanos, dois espanhóis, um francês, um português, um tahitiano, um havaiano e um néo-zelandês.


Os norte-americanos foram os que mais sofreram com o ajuste do mar. Eram quem vinham melhor no evento, quase com o mesmo número dos australianos, à frente do Brasil, mas sofreram muitas baixas. De consolo, viram a performance extrema de Dane Reynolds (voando de backside na foto), o melhor surfista do campeonato até aqui.


Outra grande performance foi a de Jihad Khodr, que garantiu a maior pontuação do dia e de todo o evento, e pode ser considerado o maior rival de Reynolds na briga pelo título, pelo que foi mostrado até aqui. Claro, surfe é um esporte muito loteria, que depende das ondas, de sintonia finíssima. Qualquer dos 24 que chegaram até aqui, do líder Tiago Pires, ao número 164 do ranking, o australiano Jake Peterson, podem conquistar o título em Lacanau.


Alguém duvida?


quinta-feira, 16 de agosto de 2007

A barra pesa pros Top 50

Nada menos que 15 dos top 50 do ranking do WQS já deram adeus às disputas da etapa seis estrelas que acontece na França, esta semana, o Sooruz Lacanau Pro. Veja a relação:

5) Heitor Alves (BRA)
12) Jarrad Howse (AUS)
13) David Weare (ZAF)
16) Mikael Picon (FRA)
19) Troy Brooks (AUS)
21) Luke Munro (AUS)
26) Chris Davidson (AUS)
30) Yuri Sodré (BRA)
32) Eneko Acero (ESP)
36) TJ Barrow (HAW)
40) Pablo Paulino (BRA)
43) Daniel Ross (AUS)
44) Mike Todd (EUA)
45) Odielei Coutinho (BRA)
48) Darren Orafferty (AUS)

Quando o mar sobe...


Alô, amigos. Semana de seis estrelas do WQS em Lacanau, na França e as disputas começaram com tudo. Altas ondas, dois rounds disputados em um só dia e o aumento do swell, deixando as condições storm e causando a paralisação do evento.


Os brasileiros começaram com tudo. Após os dois primeiros rounds, dos 24 que estrearam, 11 se juntaram aos 13 cabeças-de-chave. Um bom número, que deixou Brasil e Austrália praticamente com o mesmo número de representantes (23 x 25).


Destaque para Gilmar Silva, que venceu suas duas baterias, Jorge Spanner e Róbson Santos.


A subida do mar, como era de se esperar, dificultou a vida dos brasileiros. Nesta quinta, uma enxurradas de representantes de peso deram adeus à competição. Caras como Heitor Alves, Victor Ribas, Paulo Moura, Pablo Paulino e Pedro Henrique que, infelizmente, não costumam se dar bem nessas condições. Eu gostaria que fosse diferente.


Outros que ficaram pelo caminho foram Greg Cordeiro, Jorge Spanner, Yuri Sodré e Odirlei Coutinho.


Apesar disso, nomes como Neco Padaratz, Rodri Dornelles, Jihad Khodr e William Cardoso, que possuem um surfe mais adaptado às ondas pesadas, fizeram a festa e avançaram. Também seguiram firme para o round 4 André Silva e Róbson Santos, este com uma das melhores médias do dia (16,00). Só ficou atrás do norte-americano Dane Reynolds, que cravou 16,67 pontos.


Ainda restam oito baterias do round 3 e mais oito brasucas em ação: Jean da Silva, Bernardo "Pigmeu" Miranda, Marcelo Trekinho, Gilmar Silva, Adriano "Mineirinho" de Souza, Simão Romão, Júnior Faria e Léo Neves.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Brasucas no Lacanau Pro


Acompanhando de perto o desempenho dos brasileiros que estão na briga por uma vaga no WCT 2008, segue uma análise sobre a escalação das baterias do Sooruz Lacanau Pro.

Além dos quatro que estão entre os Top 15, segue o comentário sobre outros surfistas que também estão na luta, apesar de estarem fora da lista provisória dos que ascendem ao WCT, e de alguns que, apesar de distante da briga, merecem registro pelo bom ano.

Round 1
É o único em que as baterias já estão completas. São 13 brasileiros em um total de 96 competidores e o que possui melhor ranking entre os brasucas é Danilo Costa, em 84o. lugar. O potiguar pega o havaiano Gavin Gilette, além dos pouco expressivos Julian Cuello (ESP) e Johnny Fryer (ING). Outros que merecem atenção são o carioca Jorge Spanner e o paulista Gilmar Silva, que cpnseguiram alguns bons resultados este ano.

Round 2
São mais onze brasileiros, escalados como cabeças-de-chave do round 2. Muita gente que não vem tendo um ano dentro das expectativas, casos de Paulo Moura, Marcelo Nunes e Dunga Neto e outros que estão praticamente fora do circuito, como Fábio Gouveia e Tânio Barreto. Mas também tem gente que se arrebentar na etapa pode voltar à briga, como Marcelo Trekinho, Pedro Henrique e André Silva e outros que ainda acumulam rodagem no Tour mas que já fazem seus estragos, como William Cardoso e Hizunomê Bettero. Sem dúvida, o que merece mais atenção entre os brasucas é Pablo Paulino (CE), 40o. do ranking e que já teve alguns lampejos de quem vai entrar na briga pelas 15 vagas. Se voltar a chegar ao menos à semifinal renasce no ranking.

Round 3
São mais 12 brasucas. à exceção dos tops do WCT, Victor Ribas e Bernardo Pigmeu, que estão bem abaixo no ranking do WQS, o restante tem chances de lutar pelas 15 vagas à elite em caso de um bom resultado. A diferença é que para alguns, como Heitor Alves, Jihad Khord, Neco Padaratz, Jean da Silva e - eu me atrevo a dizer - Simão Romão, um grande resultado pode significar a conquista imediata da vaga. Para outros, como Yuri Sodré, Odirlei Coutinho, Rodrigo Dornelles, Adriano de Souza e Léo Neves (Foto) , um bom resultado os deixa na pota de entrada dos Top 15.

Os quatro brasucas no Top 15

A partir desta terça, tem início mais uma etapa da perna européia do WQS. Trata-se do tradicional Sooruz Lacanau Pro, na Grand Plage, na França. Etapa seis estrelas, com 2.500 pontos ao vencedor.

No momento, o Brasil classifica quatro surfistas pelo ranking do WQS, que garante 15 vagas no WCT do ano que vem. Vamos a uma rápida análise de cada um deles:

Heitor Alves (CE) - Em 5o. lugar, é o brasileiro melhor colocado e também o que vem em melhor fase. Tem 10.400 pontos e mais um bom resultado deve garanti-lo, matematicamente, entre os 15 do ranking. Pra mim, é batata: Heitor é a novidade brasileira no WCT em 2008.

Jihad Khodr (PR) - Começou o ano devagarinho, presente a poucas etapas, e começou a engrenar mais para o final do primeiro semestre. A vitória no Mr. Price Pro, seis estrelas realizado em Durban, na África do Sul, o deixou bem perto da vaga na elite. Atualmente é o 6o. do ranking, com 9875 pontos. É outro que precisa de mais um grande resultado ou de duas boas colocações para entrar no WCT.
Neco Padaratz (SC) - O catarinense começou o ano com tudo e rapidamente se firmou nas cabeças. Nas últimas etapas ficou de fora em algumas e não foi bem em outras, mas ainda permanece em 10o. lugar, com 9213 pontos. Sempre alcança ao menos um grande resultado nas etapas européias. Forte na briga por uma vaga.

Jean da Silva (SC) - O outro catarinense da turma está em 14o. lugar, com 8939 pontos. Já esteve um pouco mais acima e um pouco mais abaixo no ranking. Tem vacilado em algumas etapas ao perder no round dos 48, justamente a barreira entre um resultado fraco e outro que faz diferença no somatório dos sete melhores resultados do ano. Se trocar as duas pontuações de 800 e poucos pontos por duas de quartas-de-final em seis estrelas chegará à elite.

Esquentou? O ranking esfriou...

Amigos, desculpem o atraso. A ressaca ontem - e não era nas praias, mas na minha cabeça - tava grande demais. Casamento movido a whysky no sábado e no domingo eu parecia um pano de chão usado.

Bem, falando sobre o Rip Curl Boardmasters, que foi encerrado no domingo, quando tudo levava a crer que os caras que estavam posicionados mais abaixo do ranking aproveitariam as ausências e as eliminações de quem tava por ali, entre o 9o. e o 20o. lugares, eis que os únicos tops fizeram a festa.

Com o título de Ben Beorgois, o vice de Heitor Alves e o terceiro lugar de Jay Thompson, esses três aumentaram ainda mais a diferença para o segundo pelotão e, na minha modesta opinião, já estão garantidos para o WCT 2008. Esses três, o português Tiago Pires e o sul-africano Jordy Smith são favas contadas.

Ou seja: ainda tem muita etapa pela frente, inclusive o Super Series, que dará 3000 pontos ao campeão, mas, para mim, só restam mais dez vagas na elite.

sábado, 11 de agosto de 2007

O ranking vai esquentar...

Tudo indica que a briga pelas 15 vagas que o ranking do WQS reserva para a formação dos top 45 que disputarão o WCT do ano que vem vai apertar consideravelmente após o Rip Curl Boardmasters.

Dos atuais top 15, somente o vice-líder, Jay Thompson, o 4o. colocado, Ben Bergouis e o 7o., Heitor Alves, continuam em ação na Inglaterra. Depois deles, um batalhão de seis colocados entre o 23o. e o 37o. lugares. Ou seja, se os top 15 não pontuam, o segundo pelotão soma pontos e se aproxima cada vez mais das vagas.

Os surfistas que formam esse pelotão são Simão Romão (23o.), Troy Brooks (24o.), Chris Davidson (25o.), Nathan Hedge (29o.), Dayyan Neve (34o.) e Royden Bryson (37o.).

Dos 24 sobreviventes em Fristal Beach, 11 estão entre os top 50 do WQS. São 19 entre os top 100.

O catarinense Diego Rosa é o que tem o ranking mais baixo - está no 208o. lugar.

Só restam cinco brasucas em Fristal Beach

O sábado de competições no Rip Curl Boardmasters, cinco estrelas do WQS realizado em Fristal Beach, na Inglaterra, encerrou a brilhante campanha que os surfistas brasileiros faziam.

Dos 14 que caíram na água, somente cinco passaram para o round 5: Adriano de Souza, Simão Romão, Heitor Alves, Marcelo Trekinho e Diego Rosa. Outros nove ficaram pelo caminho: Jean da Silva, Hizunomê Bettero, Léo Neves, Wiggolly Dantas, Dunga Neto, Pedro Henrique, Marco Pólo, Jorge Spanner e Yuri Sodré.

Os únicos que venceram suas baterias foram Simão Romão e Heitor Alves. Por sinal, os dois repetem o resultado do round 3, quando estrearam, e mantêm um aproveitamento de 100% até aqui.

Os australianos voltaram a dominar o evento e metade dos 24 que ainda lutam pelo título são da terra dos cangurus. Além de australianos e brasileiros, temos dois norte-americanos, dois sul-africanos, dois espanhóis e um costa-riquenho.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Jacquie destrói as ondas e lidera WQS feminino

A catarinense Jacqueline Silva vai sair da Inglaterra como a nova líder do ranking do WQS feminino. A garantia da ponta na classificação veio com a vitória no round 4. E não foi uma vitória à toa.

Jacquie simplesmente surfou quatro das oito melhores ondas do dia na categoria feminina, inclusive a melhor de todas, um 9,10. Com isso, garantiu também a maior média do dia (16,93). Se estivesse competindo com os homens, a catarinense faria a quarta melhor média do dia e passaria qualquer uma das 24 baterias masculinas.

Com os 1460 pontos já conquistados, Jacquie ultrapassa a até então líder do ranking, a australiana Jessy Miler Dier e mesmo que a rival vença a etapa, ainda assim não alcançara a catarinense. As surfistas que estão logo atrás de Jacqueline, Sthepanny Gilmore e Melanie Readman-Carr, não disputam a etapa inglesa.

Um detalhe: Jessy Miler Dier viu de perto o show da brasileira, já que estava na mesma bateria.

Brasil detona na Inglaterra


Amigos, boas notícias do cinco estrelas do WQS da Inglaterra, que acontece essa semana na praia de Fristal Beach. Os brasileiros foram muito bem nas disputas do round 3, que aconteceram somente nesta sexta-feira, em ondas de 1 a 2 pés, mas com boa formação.


Dos 21 brasileiros escalados na fase, 14 avançaram. Para se ter uma idéia do desempenho verde e amarelo, a Austrália contaca com 32 surfistas no round 3, onze a mais que o Brasil, e classificou somente 16. Dos outros países que ainda têm representantes, destaque para a Espanha, que botou cinco dos seus oito surfistas na fase seguinte. Também estão lá os Estados Unidos (3), África do Sul (3), Havaí (2), Porto Rico (1), Costa Rica (1), Marrocos (1), França (1) e Inglaterra (1).


Os brasucas fizeram de tudo. Teve apresentação de alto nível, como as de Adriano de Souza, Heitor Alves, Marco Pólo e Pedro Henrique; dobradinhas pra dar e vender, como as de Dunga Neto e Jean da Silva, Simão Romão e Jorge Spanner e Wiggolly Dantas e Léo Neves; e muitos caras que não estão muito bem no ranking se dando bem, como Diego Rosa, Marcelo Trekinho e Hizunomê Bettero.


Vale ressaltar que, em meio ao show, devem ser exaltados os resultados obtidos por Yuri Sodré, Jean da Silva, Simão Romão e Heitor Alves. São esses os caras com mais chances de entrar no WCT. Para Léo Neves, Pdro Henrique e Adriano de Souza, que estão no meio da tabela, a classificação alimenta o sonho de um grande resultado, o que também os colocariam na briga. São 2000 pontos que não podem ser desprezados por ninguém, ainda mais quem não está tão bem na fita.


Também tivemos baixas importantes, como as derrotas de Pablo Paulino, Odirlei Coutinho e André Silva, que buscam um bom resultado para entrar na briga pelo top 15. Outros que ficaram pelo caminho foram Renato Galvão, Danilo Costa, Greg Cordeiro e Bernardo Pigmeu.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Pedrinho comanda ataque brasuca


Com as ondas variando entre 1 e 2 pés, os organizadores do Rip Curl Boardmasters decidiram por na água nesta quarta-feira apenas as sete baterias restantes do round 2. E o carioca Pedro Henrique deu um verdadeiro show, cravando a primeira e a quinta maiores notas e a maior média do evento.


Solto nas marolas de Fristal Beach, Pedrinho cravou um 9,70 e um 8,50 para alcançar expressivos 18,20 pontos em 20,00 possíveis. Ainda se deu ao luxo de descartar um 7,17. Com isso, venceu com 6,30 pontos de vantagem sobre o marroquino Abdel El Harin. Thiago de Souza não teve a mesma sorte e acabou em terceiro.


A segunda melhor apresentação do dia foi da promessa Wiggolly Dantas. Guigui alcançou um 9,00 e um 7,50 e somou 16,50 para vencer sua disputa contra o costa-riquenho Federico Pirluzo (2o.), o neo-zelandês Bobby Hansen (3o.) e o sul-africano David Richards (4o.). É também a segunda melhor média de todo o campeonato.


Dois outros brasileiros caíram na água. Diego Rosa surfou com personalidade e venceu sua bateria, que classificou também o porto-riquenho Brian Toth. Maz Quinn (NZE) e Christopher Schinzt (AFR) forameliminados.


Já Gilmar Silva não encontrou boas ondas e terminou sua participação em terceiro lugar.

Por um surfe realmente mundial

Tenho o sonho de ver o surfe se transformar em um esporte realmente mundial. E acho que isso só vai acontecer quando um maior número de países tiver representatividade no WCT.

O surfe não conseguiu fazer o que o vôlei de praia alcançou em poucos anos de investimento na organização e planejamento. Um esporte que no final da década de 80, início da década de 90, era dominado amplamente por apenas dois países, Estados Unidos e Brasil, agora pode ser chamado de mundial. É só pegar os resultados das etapas do Circuito Mundial. Não é mais surpresa ver duplas alemãs, holandesas, australianas, cubanas, argentinas, canadenses ou suíças subirem ao topo do pódio.

Estados Unidos e Brasil continuam como as principais potências, afinal, a tradição e a continuidade no investimento feito pelos dois países ainda fazem diferença, mas o vôlei de praia é uma modalidade realmente mundial.

No WQS, já conseguimos reverter um pouco esse quadro, apesar de Austrália, em um primeiro plano, o Brasil, logo atrás, e Estados Unidos e África do Sul, na sequência, sempre contarem com um maior número de atletas. Mas já surgem outros países revelando talentos em qualidade e quantidade.

O campeão do WQS do ano passado foi o francês Jeremy Flores. O líder deste ano é o português Tiago Pires. Na etapa cinco estrelas que acontece esta semana na Inglaterra, nada menos que 14 países (contando com o Havaí) colocaram representantes no round 3.

Acredito que só teremos algo parecido no WCT se a ASP partir para mudanças em seu formato.

Veja a lista dos países e a quantidade de surfistas no round 3 do Rip Curl Boardmasters:

1 - Austrália - 32 surfistas
2 - Brasil - 21
3 - Estados Unidos - 9
4 - África do Sul e Espanha - 8
6 - França - 6
7 - Havaí - 3
8 - Inglaterra e Portugal - 2
10 - Alemanha, Costa Rica, Marrocos, Porto Rico e Nova Zelândia - 1

A potência Brasil

Ainda que não tenhamos um campeão mundial profissional, é incrível a força que o Brasil consolidou no cenário internacional do surfe. Veja o exemplo da etapa inglesa do WQS: a escalação das baterias do round 3, que é a fase em que os principais cabeças-de-chave estréiam e que começa a se pagar premiação, traz um dado interessante.

Dos 96 surfistas que permanecem na briga pelo título, nada menos que 21 são brasileiros. Algo em torno de 22,5% do total. Só perdemos para os australianos, que possuem uma legião de 32 surfistas. Ou seja, só Brasil e Austrália possuem mais da metade dos participantes.

Aí olhamos os números dos Estados Unidos (oito títulos com Slater, três com Tom Currem e um com CJ Hobgood) e do Havaí (três com Andy Irons, um com Derek Ho e um com Sunny Garcia), que no surfe é considerado uma nação, e sentimos ainda mais a enorme força brasileira. São 9 norte-americanos e três havaianos na briga.

Ainda temos que considerar o fato de que norte-americanos e havaianos - assim como os australianos - possuem uma condição econômica muito mais favorável que a dos brasileiros.

Ok, o WQS é um circuito de nível inferior ao WCT. E o Brasil ainda não conseguiu repetir essa supremacia na elite. Mas não deixa de ser um claro sinal de que isso é possível.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Brasil começa bem na Inglaterra

Ainda é cedo pra dizer que os brasucas vão fazer uma campanha diferente das etapas seis estrelas dos Estados Unidos e Japão, quando foram poucos a chegar ao último dia de evento. Mas o início do Rip Curl Boardmasters, cinco estrelas do WQS que acontece na Inglaterra, foi realmente promissor.

Dos que estrearam na primeira fase nas frias ondas de Fristal Beach, Filipe Ximenes, Milton Morbeck e Márcio Dias foram eliminados. Tudo bem, são caras que não costumam aparecer com frequência nas fases decisivas dos eventos do WQS. Já Gilmar Silva, Eric de Souza, Jorge Spanner e Marco Pólo seguiram adiante.

Na segunda fase, Marco Pólo e Jorge Spanner fizeram ainda melhor: passaram por mais uma bateria e já chegam ao round de estréia dos principais cabeças-de-chave. Gilmar Silva ainda não competiu na segunda fase, que já contou com as estréias de Hizunomê Bettero, Danilo Costa, Greg Cordeiro, Renato Galvão e Dunga Neto. Todos eles venceram suas disputas. O único que parou pelo caminho foi o jovem Eric, filho da lenda Rico de Souza.

Ainda tem muita gente boa para estrear. No round 2, Diego Rosa, Wiggolly Dantas, Thiago de Souza e Pedro Henrique (além de Gilmar Silva, que estreou no round 1). Na terceira fase, caem na água os cabeças-de-chave Adriano de Souza, Bernardo Miranda, Yuri Sodré, Jean da Silva, Pablo Paulino, Simão Romão, Heitor Alves, Léo Neves, André Silva e Odirlei Coutinho.

Nossas melhores vibrações para os brasucas.

Como pode-se notar, caras experientes como Rodrigo Dornelles, Victor Ribas, Neco Padaratz e Paulo Moura e gente da nova geração, como Jihad Khodr, William Cardoso e Leandro Bastos, abriram mão da etapa inglesa e decidiram treinar para as próximas paradas do tour.

Ondas pequenas? Algo normal no WQS.


A onda da foto, em que o sul-africano Daniel Redman aplica um estiloso cutback, pode ser considerada uma verdadeira miragem no que foi visto em Fristal Beach, município de Newquay, na Inglaterra, durante esta terça-feira.


As condições eram as seguintes: ondas de, no máximo, três pés, normalmente fechando, graças ao forte vento maral. A onda formava uma paredezinha que permitia duas manobras bem rápidas e depois virava uma ladeira. Quem tinha sorte e habilidade para sobreviver feito uma batedeira elétrica, chegava ao inside para mais uma ou duas manobras.


É uma situação que lembra a velha máxima aplicada ao circuito da divisão de acesso. Se o WQS é que classifica os surfistas para o WCT, por que as ondas são normalmente pequenas e ruins e na elite as ondas são geralmente grandes e perfeitas?


Certamente porque o WQS é onde a ASP pode massificar o esporte, levando os campeonatos a praias onde a presença do público é mais importante que a qualidade das ondas. Ok, a entidade tomou a boa medida de tornar prime os eventos da divisão de acesso que são disputados em ondas de alto nível, mas ainda é insuficiente para que a maioria dos eventos ainda seja realizada em ondas ruins.


Fernando de Noronha, Margareth River e Maldivas são alguns bons exemplos. Fristal Beach, Ericeira ea maioria dos picos do Brasil e África do Sul são exemplos ruins.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Jacquie e Taís no round 4

O Rip Curl Boardmasters, o cinco estrelas do WQS que acontece esta semana na Inglaterra, teve início com as disputas da categoria feminina, que também tem status de cinco estrelas.

Das brasileiras em ação, duas permanecem vivas e já escaladas para a quarta rodada. A catarinense Jacqueline Silva defende a vice-liderança do ranking e encara a australiana Jessy Milley Dyer, que garantiu as melhores médias do dia, além da norte-americana Lindsey Baldwin.

Taís Almeida (RJ) tenta um resultado expressivo para entrar na briga por uma vaga no WCT. Passou duas baterias e encara a francesa Pauline Ado e a havaiana Megan Abubo. Boa chance pra carioca.

Começa a decisiva perna européia

A semana é de WQS 5 estrelas na Inglaterra. A primeira etapa da rica e decisiva perna européia de torneios válidos pela divisão de acesso. Preste atenção na relação de eventos:

- Rip Curl Board Masters, 5 estrelas, 7 a 12 de agosto, em Fistral Beach, Newquay-Inglaterra;

- Sooruz Lacanau Pro, 6 estrelas, 14 a 19 de agosto, na Grand Plage, Lacanau,Gironde-França;

- Rip Curl Pro, Super Series, 20 a 26 de agosto, em Hossegor/Seignosse, Landes-França;

- Buondi Billabong Pro, 6 estrelas, 28 de agosto a 2 de setembro, em Ericeira-Portugal;

- Ferrolterra Pantin Classic, 4 estrelas, 4 a 9 de setembro, em Pantin-Spain.

Pois é, amigos. Resumindo, uma etapa de 3.500 pontos, duas de 2.500, uma de 2.000 e uma de 1.500 que certamente definirão alguns classificados por antecipação para o WCT 2008 e deixarão outros bem encaminhados.

domingo, 5 de agosto de 2007

O incrível ano de Tiago Pires

O gajo não está para brincadeiras. Se tem alguém que poderia parar de correr o WQS deste ano para começar a treinar para o WCT do ano que vem, este alguém é o português Tiago Pires.

A divisão de acesso ainda terá nove etapas com cinco estrelas ou mais, até o final do ano, e Tiago já ultrapassou o necessário para se garantir na elite no ano que vem. Tem 11650 pontos, quando 10.500 parecem necessários para garantir alguém entre os top 15.

O ano do português é simplesmente incrível, altamente regular. Ele e o vice-líder Jay Thompson são os únicos que já alcançaram sete resultados com mais de mil pontos. Tiago tem um vice-campeonato em um seis estrelas prime, uma semifinal de seis estrelas, duas quartas-de-final em seis estrelas, sendo um prime, duas oitavas e um round de 24.

No Japão, só parou diante do campeão Gabe Kling, nas quartas-de-final, por 0,8 ponto. Chega às etapas européias, onde costuma se dar bem, com apenas uma missão: defender a liderança do ranking e conquistar um título importante para Portugal.

A dioferença para o vice-líder é de pouco mais de 800 pontos.

Norte-americanos vencem. Heitor é 7o. no WQS.


A final norte-americana no Yumeya Billabong Pro, seis estrelas do WQS que foi encerrado neste domingo, no Japão, deixou o vice-campeão, Ben Bergouis, muito perto da vaga no WCT, e o campeão, Gabe Kling, em 11o. do ranking.


A boa notícia para o surfe brasileiro é a bela subida de Heitor Alves (foto), que, a exemplo de Bergouis, fica a um passo da sonhada vaga na elite. Heitor, hoje, é o sétimo do ranking e as etapas européias, que começam com o cinco estrelas da Inglaterra, deverão ser disputadas em ondas que favorecem o surfe do cearense.


Ainda não há uma previsão da ASP sobre quantos pontos um surfista precisa pra dar a vaga como certa, mas eu acredito que seja por volta dos 10.500 pontos. Portanto, bastam mais mil pontos para Heitor de garantir de vez.


Nessa conta, Jihad Khodr, agora o quinto do ranking, precisa de menos, uns 625 pontos. Neco Padaratz é o 11o. e Jean da Silva, o 14o. Este último precisa de uns 1600 pontos.


Ainda há muitos pontos em jogo, mas as últimas etapas também contarão com um número maior de caras do WCT. Primeiro, porque quem não estiver entre os 28 no ranking da elite, vai tentar permanecer através do WQS. Segundo, porque virão as duas etapas do Havaí, que contam pontos para a triplice coroa.


Ou seja, bom mesmo é fazer que nem Tiago Pires (POR), Jay Thompson (AUS) e Jordy Smith (ZAF), que já superaram os 10.500 pontos.

sábado, 4 de agosto de 2007

Só Heitor e Mineirinho seguem vivos

No Japão, onde acontece mais uma etapa seis estrelas do WQS, o Brasil tem um desempenho ainda pior do que na semana passada, quando foi realizada a etapa de Huntington Beach, igualmente de seis estrelas.

Somente dois brasucas estão nas oitavas-de-final, o primeiro round homem-a-homem da competição. E como estão na mesma chave, o melhor que pode acontecer para o País é uma semifinal entre os dois, o cearense Heitor Alves e o paulista Adriano de SOuza, mais conhecido como Mineirinho.

Pelo que os dois surfaram até aqui, é bem provável que isso ocorra. Os dois próximos adversários são perigosos, afinal de contas, se não estivessem bem não chegaria até aqui. Mas Adam Merling e Corey Ziems, australianos que estão distantes do top 15 do ranking, são dois dos melhores adversários que eles poderiam ter, se é que dá para escolher adversário numa hora dessas.

Mineirinho deve ficar perto dos top 50 do WQS com o resultado, mas tomara que ele esteja pensando mesmo é no WCT. Já Heitor Alves, com os 1375 pontos garantidos se consolida entre os top 15. Dá para torcer por uma bela campanha e até mesmo com a conquista do título. Se isso acontecer, o atual 15o. do ranking ficará entre os top 5 e com mais de 10 mil pontos. Aí é começar a planejar a participação na elite em 2008.

O outro brasileiro que conseguiu um bom resultado foi o paranaense Jihad Khodr, que parou na fase anterior, o round de 24, e garantiu mais 1125 pontos. Atualmente em quarto do ranking, Jihad pode até perder a posição, se alguém que está poucas posições abaixo dele vencer a etapa. Ainda assim, foram 1125 pontos pra lá de importantes.

Yuri Sodré e Rodrigo Dornelles também pararam na mesma fase. Mas como estão mais embaixo no ranking, já estão na necessidade de avançar um pouco mais. Ok, não é resultado de se jogar fora, mas os dois precisam chegar mais longe.

Os mesmos casos de Simão Romão e Jean da Silva. mais uma vez, os dois ficaram pelo caminho na fase anterior, no round dos 48. Com os 800 e poucos pontos, não saem do lugar. Jean deve ainda permanecer entre os 15 primeiros, mas perdeu no Japão mais uma chance de se aproximar dos Top 5 e de uma vaga entre os 15 ao final do ano. Simão também não deve cair muito, parando no máximo em 24o. ou 25o. lugar.

Vamos torcer por Mineirinho e, principalmente, por Heitor.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Tops firmes na luta

A maioria dos tops do ranking do WQS permanece viva nas disputas do seis estrelas do Japão. O circuito começa a entrar em sua fase decisiva e ninguém quer perder seu posto na luta por uma vaga no WCT do próximo ano.

Na verdade, alguns tops até dispensaram a viagem cansativa ao Japão. Casos de Kieren Perrow (5o.), Neco Padaratz (6o.) e Luke Munro (15o.).

Os demais estão todos de pé. Ontem, foram dez baixas entre os 50 primeiros do ranking, mas o que estava em melhor posição era Drew Courtney (AUS). Estava, pois certamente irá perder o 17o. posto.

Os demais, pela ordem de ranking, são:

25o. - Michael Bourez (TAH)
28o. Léo Neves (BRA)
32o. Kekoa Becalso (HAW)
36o. Joel Centeio (HAW)
37o. Odirlei Coutinho (BRA)
41o. Daniel Ross (AUS)
45o. Damien Fahrenfort (ZAF)
47o. André Silva (BRA)
49o. Dustin Barca (HAW)

Vale à pena citar os casos de dois tops do WCT. Atualmente fora do grupo dos 28 surfistas que permanecem na elite através do ranking do [róprio WCT, Greg Emslie e Shaun Cansdell correm atrás do prejuízo no WQS. No Japão, no entanto, perderam de cara.

Veja a situação difícil dos dois:
Greg Emslie 33o. no WCT e 60o. no WQS
Shaun Cansdell 40o. no WCT e 158o. no WQS.

Brasil ataca com oito no Japão


Oito brasileiros estão no round de 48 do Yumeya Billabong Pro, etapa seis estrelas do WQS que acontece no Japão, esta semana.


Como na semana passada, nosso desempenho é apenas regular. Para se ter uma idéia, Os australianos colocaram o dobro de representantes na fase e os Estados Unidos têm apenas um a menos que nós.


Pra complicar, três baterias da próxima fase contarão com dois brasileiros competindo juntos. Na 4a. tem Jihad Khodr (PR) e Simão Romão (RJ) contra Dane Reynolds (EUA) e Rhys Bombaci (AUS), que tem tudo para ser uma das melhores baterias da fase; na 8a. tem Yuri Sodré (RJ) e Heitor Alves (CE) contra Tappei Tajima (JAP) e o perigoso Jarrad Howse (AUS) e na 11a. Pedro Henrique (RJ) e Rodrigo Dornelles (RS) tentam uma subida no ranking numa batalha contra Michael Pikon (FRA) e Adan Robertson (AUS).


Os únicos que competem sós são Jean da Silva, que encara Wade Godall (AUS) e os sul-africanos pedreiras Dave Weare e Royden Bryson, na bateria de abertura da fase, e Adriano de Souza, o Mineirinho, (SP), que pega os norte-americanos Ben Bergouis e Asher Nolan e o australiano Chris Davidson no encerramento do round. Aliás, outra bateria de alto nível.


Mineirinho (foto) entra na disputa motivado pela vingança alcançada sobre o sul-africano Jordy Smith. Na disputa do úktimo Mundial Pro Júnior, Smith levou a melhor sobre o brasileiro. Esta madrugada, na disputa júnior do seis estrelas do Japão, os dois travaram bonitos duelos e o brasuca levou a melhor, garantindo o título.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Japoneses caem. Líderes avançam.

Duas constatações sobre o Yumeya Billabong Pro 07. Primeiro, os japoneses estão em um nível muito inferior ao que se vê no Tour. Segundo, os cabeças-de-chave estão fazendo a mala, o que torna a briga entre os melhores do ranking e, consequentemente, pelas vagas no WCT 08, mais acirrada.

Pois é, dos 65 japoneses escalados na primeira rodada, 22 se classificaram para o round 2. Ainda assim, a maioria em baterias onde só havia japoneses. Esses 22 se juntaram a outros dois que eram cabeças-de-chave na segunda fase e somente três passaram para o round de 96. É isso mesmo, três classificados em 24 tentativas.

Agora, esses três se juntam aos dois pré-classificados do round de 96, Masatoshi Ono e Teppei Tajima. São cinco japoneses tentando levar o País às últimas fases da etapa. O único que caiu na água nessas oito primeiras baterias da fase foi Izuki Tanaka. E fez bonito. Passou em segundo lugar, atrás de Jihad Khodr, e já garantiu um surfista de olhos puxados no round de 48.

CABEÇAS-DE-CHAVE - Com o WQS começando a entrar em sua reta de chegada, os melhores colocados no ranking não querem dar bobeira. Dos 16 cabeças-de-chave do round de 96, que são indicados justamente pela posição no ranking, 12 avançaram para a fase seguinte.

Os que ficaram de fora foram os norte-americanos C.J. Hobgood (18o. no ranking), Mike Todd (390.) e Patrick Gudauskas (52o.)e o francês Tim Boal (30o.).

Cabeças dizimados, cabeças salvadores

Chegou a assustar. Depois da boa estréia de Dunga Neto (CE), que ficou em segundo lugar na 12a. bateria, veio uma enxurrada de eliminações dos brasucas que estreavam como cabeças-de-chave do round 2.

Em sequência, Marcelo Trekkinho (RJ), Paulo Moura (PE), Danilo Costa (RN) e Bruno Santos (RJ) foram derrotados, até que Gilmar Silva, que havia estreado na primeira fase, passou em segundo na 20a. disputa, atrás do australiano Dion Atkinson e à frente dos havaianos Ola Eleogran e Casey Brown.


Ainda havia tempo para que mais três brasucas defendessem a honra dos nossos cabeças-de-chave e Pedro Henrique (RJ), 2o. na 22a. bateria, e a dobradinha André Silva (CE) e Diego Rosa (SC), primeiro e segundo na última disputa, seguraram a peteca.


Como as ondas estavam boas - cerca de 6 a 8 pés (Na foto, Hank Gaskel rasga uma esquerda), a organização pôs no mar as oito primeiras baterias do round 3. Aí foi a vez dos papéis de inverterem. Nosso único trialista escalado nas disputas dessa fase, Hizunomê Bettero (SP), caiu contra os australianos Wade Goodall e Darren Turner, mas os demais, escalados como cabeças-de-chave, avançaram.


Um animado Jean da Silva (SC) passou uma bateria equilibrada, atrás de Tanner Gudauskas (EUA) e à frente de Mike Todd (EUA) e Damon Harvey (AUS).


Simão Romão (RJ) aproveitou o backside e também passou em segundo, atrás de Troy Brooks (AUS). Jesse Merle-Jones (HAW) e outro Gudauskas, Dane (EUA), foram eliminados.


Finalmente na oitava, Jihad Khodr (PR) foi o melhor na água e se classificou com o japonês Izuki Tanaka em segundo. Matt Wilkinson (AUS) e mais um Gudauskas, Patrick, voltaram pra casa mais cedo.


Mais 12 brasucas devem cair na água esta madrugada, pelo round 3.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Boa ondas abrem etapa japonesa


Já, já começa mais um dia de disputas do Yumeya Billabong Pro, etapa seis estrelas do WQS que acontece na praia de Tahara, no Japão.


Ontem, boas ondas apareceram e o campeonato rolou até a oitava bateria da segunda fase. Milton Morbeck (RJ) e Gilmar Silva (SP) passaram pela primeira fase. No round seguinte, já na primeira bateria, Milton se despediu da etapa, mas Hizunomê Bettero venceu a disputa, com duas notas na casa dos 7,00 pontos.


Foram as únicas participações brasileiras do dia. Hoje, se o mar continuar bom, mais nove brasileiros caem na água. Oito pré-classificados da segunda fase, mais Gilmar Silva.
Para se ter uma idéia da qualidade das ondas que quebraram em Tehara, segue esse tubão de Maz Quinn, da Nova Zelândia.

terça-feira, 31 de julho de 2007

Brasucas em ação no Japão

Começou agora há pouco a etapa seis estrelas do WQS no Japão, o Yumeya Billabong Pro, na praia de Tahara. Somente dois brasileiros competem na fase de 192, a primeira do evento.

O carioca Milton Morbeck, que andou sumido por um bom tempo e retornou ao WQS este ano, já estreou e passou em segundo lugar numa bateria com três japoneses.

O outro é o paulista Gilmar Silva, que disputa apenas seus terceiro evento no ano e já tem dois excelentes resultados. É outro que pega três japoneses.

A etapa de Tahara não conta com um grande contingente de surfistas de outros países. tanto que essa fase de 192 é repleta de japoneses. Dos 96 que entram na água, somente 22 são de outros países.
'
Na próxima fase, nove brasucas farão suas estréias: Hizunomê Bettero (SP, que deve se sentir em casa), Dunga Neto (CE), Marcelo Trekkinho (RJ), Paulo Moura (PE), Danilo Costa (RN, que já foi campeão no Japão), Bruno Santos (RJ), Pedro Henrique (RJ), André Silva (CE) e Diego Rosa (SC).

No round dos 96, quando entram os principais cabeças-de-chave, aí são ainda mais brasucas, um time de respeito: Jean da Silva (SC), Simão Romão (RJ), Jihad Kodhr (PR), Odirlei Coutinho (SP), Léo Neves (RJ), Yuri Sodré (RJ), Heitor Alves (CE), Bernardo Miranda (PE), Rodrigo Dornelles (RS) e Adriano de Souza (SP).

A grande ausência é a de Pablo Paulino. Não deu pra entender porque o cearense deixou de ir ao Japão. Com seu surfe voador e as ondas pequenas de Tahara, poderia vir um grande resultado por aí. Sö espero que não tenha sido falta de grana.

Vamos torcer por um desempenho melhor do que o de Huntington Beach. Acho que as vibrações são as melhores possíveis para os brasucas.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Jean forte na briga pelo WCT


Jean da Silva deu um passo importante para ficar entre os 15 surfistas do WQS que garantem vaga no WCT do ano que vem. Em 20o. lugar antes das disputas do Honda US Open of Surfing, o catarinense se beneficiou com a bela campanha, onde atingiu as semifinais, e pulou para o 11o. posto.


São 520 pontos de diferença para o 16o. do ranking, o australiano Luke Munro. Com duas semifinais e duas oitavas em etapas seis estrelas, Jean está bem perto de sacramentar a vaga. Me arrisco a dizer que se trocar os dois piores resultados por dois de quartas-de-final em seis estrelas, a vaga é dele.


Os outros brasileiros que estão entre os 15 primeiros do WQS, até aqui, são Jihad Kodhr (4o.), Neco Padaratz (60.) e Heitor Alves (15o.), que não foram bem em Huntington Beach. Vão em busca da recuperação na etapa japonesa, mais uma de seis estrelas e que começa na madrugada desta segunda paraterça no Brasil, manhã de terça no outro lado do mundo.


Desde a vitória de Fabinho Gouveia na etapa disputada em piscina de ondas artificiais, em 92, o Brasil sempre vai bem no Japão. Estamos precisando. Nos EUA, tivemos um desempenho acanhado. Além de Jean na semi, os outros que tiveram um bom resultado foram Yuri Sodré e Simão Romão, que pararam nas oitavas. Resultado importante para ambos, que se mantêm na briga pelo WCT 2008.