quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Por um surfe realmente mundial

Tenho o sonho de ver o surfe se transformar em um esporte realmente mundial. E acho que isso só vai acontecer quando um maior número de países tiver representatividade no WCT.

O surfe não conseguiu fazer o que o vôlei de praia alcançou em poucos anos de investimento na organização e planejamento. Um esporte que no final da década de 80, início da década de 90, era dominado amplamente por apenas dois países, Estados Unidos e Brasil, agora pode ser chamado de mundial. É só pegar os resultados das etapas do Circuito Mundial. Não é mais surpresa ver duplas alemãs, holandesas, australianas, cubanas, argentinas, canadenses ou suíças subirem ao topo do pódio.

Estados Unidos e Brasil continuam como as principais potências, afinal, a tradição e a continuidade no investimento feito pelos dois países ainda fazem diferença, mas o vôlei de praia é uma modalidade realmente mundial.

No WQS, já conseguimos reverter um pouco esse quadro, apesar de Austrália, em um primeiro plano, o Brasil, logo atrás, e Estados Unidos e África do Sul, na sequência, sempre contarem com um maior número de atletas. Mas já surgem outros países revelando talentos em qualidade e quantidade.

O campeão do WQS do ano passado foi o francês Jeremy Flores. O líder deste ano é o português Tiago Pires. Na etapa cinco estrelas que acontece esta semana na Inglaterra, nada menos que 14 países (contando com o Havaí) colocaram representantes no round 3.

Acredito que só teremos algo parecido no WCT se a ASP partir para mudanças em seu formato.

Veja a lista dos países e a quantidade de surfistas no round 3 do Rip Curl Boardmasters:

1 - Austrália - 32 surfistas
2 - Brasil - 21
3 - Estados Unidos - 9
4 - África do Sul e Espanha - 8
6 - França - 6
7 - Havaí - 3
8 - Inglaterra e Portugal - 2
10 - Alemanha, Costa Rica, Marrocos, Porto Rico e Nova Zelândia - 1

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