Ainda que não tenhamos um campeão mundial profissional, é incrível a força que o Brasil consolidou no cenário internacional do surfe. Veja o exemplo da etapa inglesa do WQS: a escalação das baterias do round 3, que é a fase em que os principais cabeças-de-chave estréiam e que começa a se pagar premiação, traz um dado interessante.
Dos 96 surfistas que permanecem na briga pelo título, nada menos que 21 são brasileiros. Algo em torno de 22,5% do total. Só perdemos para os australianos, que possuem uma legião de 32 surfistas. Ou seja, só Brasil e Austrália possuem mais da metade dos participantes.
Aí olhamos os números dos Estados Unidos (oito títulos com Slater, três com Tom Currem e um com CJ Hobgood) e do Havaí (três com Andy Irons, um com Derek Ho e um com Sunny Garcia), que no surfe é considerado uma nação, e sentimos ainda mais a enorme força brasileira. São 9 norte-americanos e três havaianos na briga.
Ainda temos que considerar o fato de que norte-americanos e havaianos - assim como os australianos - possuem uma condição econômica muito mais favorável que a dos brasileiros.
Ok, o WQS é um circuito de nível inferior ao WCT. E o Brasil ainda não conseguiu repetir essa supremacia na elite. Mas não deixa de ser um claro sinal de que isso é possível.
Nenhum comentário:
Postar um comentário