
Não vou cansar de repetir essas palavras até que resultados como os que foram obtidos na semana passada, por Gabriel Medina, e por Adriano de Souza, esta semana, deixem de ser artigo de luxo para o surfe brasileiro.
Acho até que deve ser infinitamente maior nossa alegria de ver dois dos nossos guerreiros levantarem os títulos de duas etapas consecutivas no WT. Para australianos e norte-americanos é algo comum.
Mineirinho teve uma semana incrível em Portugal. Depois de ser surrado na primeira fase, engrenou uma série de vitórias até a final. Ganhou até o Round 4, quando passou direto para as quartas-de-final.
Nesta fase, também conseguiu a primeira nota 10 da carreira como profissional.
Com o título, Mineirinho passou de 6° para 3° no ranking. É manter a pegada para tentar igualar Victor Ribas e terminar o circuito em 3° lugar. Ser campeão é algo parecido com o Cruzeiro ser campeão brasileiro. Até deve haver possibilidade matemática, mas o título é do Careca e ninguém tira. Basta chegar ao round 4 em San Francisco que ele levanta o 11° caneco.
Ser vice é algo um pouco menos complicado, mas a vantagem de Owen Wright é muito grande.
Na real, é preciso analisar o desempenho recentes dos brasileiros indo além dos títulos obtidos por Medina e Mineirinho.
Nas quatro últimas etapas tivemos sempre um representante no pódio e pelo menos dois surfistas brasileiros chegaram às quartas-de-final.
O que parece é que, nas últimas semanas, os brasileiros aprenderam a "jogar o jogo". Perceberam o que os juízes querem ver, como se impor diante de adversários de mais nome, qual a postura a se adotar.
Agora é batalhar para não retroceder. Parece clichê de esportista, mas chegar não é tão difícil quanto se manter.
Ah, sobre Mineirinho, faltou falar uma detalhe importante: só ele e Slater venceram mais de uma etapa do WT deste ano.
Isso é consistência e regularidade.
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