sexta-feira, 14 de outubro de 2011

No seis estrelas, é quartas-de-final ou nada

Jano Belo (abaixo) e Wiggolly Dantas (ao lado) são dois dos brasileiros classificados para o round 5 do seis estrelas de Ubatuba. Apesar de estarem distantes da briga pelo WT do ano que vem, podem complicar a vida de quem precisa urgentemente de um grande resultado (Fotos: SuperSurf)


Com a pontuação que passou a ser adotada pela ASP para este ano, disputar um campeonato seis estrelas, como o SuperSurf de Ubatuba, chegar ao menos nas quartas-de-final é o que vale a pena para quem realmente está na briga por uma vaga no WT.

Para se ter uma idéia, só quatro dos 34 primeiros colocados do World Ranking, os que têm o direito de disputar o WT, possuem uma pontuação abaixo dos mil pontos entre seus oito melhores resultados. São esses oito resultados que formam a pontuação total de cada surfista.

As baterias desta sexta, em Ubatuba, definiram os 12 melhores do evento. Neste sábado, no round 5, serão quatro baterias de três. Os dois primeiros se classificam para as quartas-de-final e já garantem pelo menos 1560 pontos.

Quem perder vai embora com 920 pontos que, convenhamos, podem até servir de algo para quem está abaixo do 70° lugar no World Ranking e precisa somar pontos para subir mais um pouco.

Para quem quer uma vaga entre os top-32 ao final do ano, não acrescenta em muita coisa e, certamente, é um resultado que será descartado.

Por isso as primeiras baterias do sábado são tão importantes para Júnior Faria, Kolohe Andino, Thiago Camarão e Tanner Gudauskas.

Dos surfistas que sonham em fazer parte da elite após o término do WT deste ano, somente esses quatro permanecem vivos em Ubatuba.

Kolohe (41° do ranking) e Júnior (50°) estão juntos na primeira bateria. Ao lado deles estará o pernambucano Halley Batista, dono da melhor atuação desta sexta-feira. Em um mar que lembra Maracaípe e que quebra melhor para a direita, Halley é um adversário fortíssimo.

Camarão está na segunda bateria, contra o ascendete australiano Mitch Crews e o experiente Rodrigo Dornelles. Bateria dura, mas uma tarefa um pouco mais amena para o 43° do world ranking.

A terceira bateria tem Wiggolly Dantas, que já bateu algumas vezes na porta de entrada da elite, mas que atualmente está distante da briga. Quem sabe um bom resultado no quintal de casa sirva como um marco para que Guigui volte a mostrar o surfe e os resultados que o colocaram como um dos destaques da geração de Medina, Alejo, Pupo, Jessé e cia.? Seus adversários são Alex Ribeiro e Franklin Serpa, que não estão nem entre os 150 do ranking.

Tanner é o destaque da última bateria da fase. E terá mais uma pedreira pela frente. Tomas Hermes e Jano Belo parecem que estão prestes a cruzar a barreira entre os que correm o circuito apenas como um bônus e aqueles que realmente almejam algo maior. Estão muito bem em Ubatuba e podem perfeitamente despachar o gringo e ajudar Camarão e Faria na briga pelo WT.

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