segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Em Portugal, Heitor mostra que subiu um degrau

Cearense engrenou sequência de bons resultados após etapa de NYC. Consistência e regularidade. (Foto: Tgleiser) à


Heitor Alves foi um dos melhores surfistas do mundo em 2010.

Me arrisco a dizer que em qualquer divisão.

O surfe moderno, veloz e consistente teria feito estragos pesados na elite, mas o cearense estava em busca de sua vaga no WT.

Por isso, minha expectativa quanto à participação de Heitor no WT deste ano era grande.

Mas vieram as primeiras etapas e, apesar do surfe no pé, fatores como má vontade da arbitragem, a volta da inconsistência e até mesmo um pouco de frieza para pensar a estratégia certa para cada bateria, fizeram o cearense colecionar uma série de resultados inexpressivos.

E eis que veio Nova York e parece que o gente boa Heitor Alves subiu o degrau que separa os surfistas comuns dos que almejam algo mais no circuito.

Eu havia comentado que o problema de Heitor estava apenas na cabeça dele. Sabia que quando ele percebesse que a diferença para o surfe dos tops estava apenas na cabeça dele próprio, os resultados chegariam.

Heitor não leu o Blog do Surfe. Mas parece que, de alguma forma, ele pensou a mesma coisa.

O 5° lugar em NYC foi seguido de uma semifinal em Trestles. O cearense ia bem no prime de Açores, até que uma contusão no joelho o tirou da disputa. E da etapa seguinte, em Hossegor.

De volta ao Tour, Heitor passou por duas baterias duras, contra o ídolo português Tiago Pires e contra o australiano Jopsh Kerr, que passa pelo melhor momento da carreira.

E olha que Heitor ainda pode melhorar. Contra Kerr, por exemplo, venceu porque pegou as melhores ondas, mas não entubou tão profundo quanto os destaques do evento.

De qualquer forma, é a terceira etapa seguida que ele rompe a barreira do R3. Quem passa pela terceira rodada já se garante no R5, já que o R4 não elimina ninguém.

Representa uma maior pontuação e mais dinheiro para quem chega até lá.

E o mais importante para Heitor nesse momento: mais confiança.

Mineirinho na luta

Dos oito brasileiros que participaram da etapa portuguesa, seis já caíram. O wild card Bruno Santos, Miguel Pupo, Raoni Monteiro, Jadson André e Alejo Muniz perderam já no R2.

Gabriel Medina foi eliminado no R3.

Além de Heitor, o Brasil pode ter mais outro surfista entre os 12 melhores da etapa.

Adriano de Souza está na primeira bateria do dia, diante de Travis Logie, ainda pelo R3.

Depois de um começo ruim, ele deu show na repescagem, com direito a uma nota 9,0 e é favorito contra o sul-africano.

Nenhum comentário: