
Jessé Mendes é um dos brasileiros que entram na reta final do Tour com chances de obter a qualificação para o WT 2012. (Foto: ASP South America/Smorigo) à
Ao contrário dos eventos seis estrelas, que têm chave de 144 surfistas, os primes contam com uma chave de 96.
Só a Austrália tem mais representantes que o Brasil. São 22 aussies.
Estados Unidos e Hawaii têm os mesmos 15 surfistas no evento.
Podemos dividir os 15 brasucas em alguns grupos.
Seis dos nossos sete integrantes do WT (Mineirinho não disputa a etapa) estarão em ação. Deles, Gabriel Medina busca apenas mais pontos para subir ainda mais no World Ranking, do qual já é o 10° colocado.
O Supermedina não tem pontos a defender neste final de temporada e busca uma colocação melhor que as oitavas-de-final para trocar seu oitavo melhor resultado.
Jadson é outro que está em situação confortável no que diz respeito aos pontos a defender. Das etapas que ele disputou no ano passado, somando primes e WT, tem somente 1750 pontos conquistados em Pipe. É o 21° colocado no World Ranking e um bom resultado em Santa Cruz o deixaria mais do que garantido no WT do ano que vem.
Os outros quatro da elite têm uma boa quantidade de pontos a defender. Alejo é o que tem a tarefa mais dura: 6.977 pontos, a maioria graças à bela temporada havaiana do ano passado. Com o detalhe que o torneio de Haleiwa, que era prime, virou um seis estrelas. Ou seja, menos pontos para somar.
Ainda assim, em 13° no ranking, Alejo mais defende a posição atual do que briga contra o rebaixamento. Mesmo que não defenda os pontos estará na elite em 2013. É fato.
Em posição parecida se encontra Heitor Alves. É o 16° e mesmo que não defenda os 6.500 pontos conquistados no prime das Ilhas Canárias, no ano passado, permanecerá na elite.
Para quem não entende muito a utilidade do World Ranking, além de definir os integrantes do WT, a listagem também aponta os seeds nas etapas da elite. O seed é a classificação que cada um ocupa e as chaves dos eventos são formadas por baterias com os seeds pré-definidos. Na primeira fase, o número 1 do mundo sempre irá enfrentar o seed 24 e o seed 36. O segundo do ranking encara o seed 23 e o 35 e assim por diante.
Ou seja, ter um bom seed evita um confronto com um Slater, um Owen, um Jordy ou um Mineiro na primeira fase...
Já Raoni Monteiro e Miguel Pupo têm uma situação mais delicada. Estão em boa posição no World Ranking (Raoni é o 18° e Pupo o 19°), mas como as suas pontuações não são muito altas, se não defenderem os pontos (Raoni, 6500, e Pupo, 4225), podem vir a serem ultrapassados e ficarem de fora da elite.
A situação não chega a ser alarmante porque, além dos dois primes que restam, Raoni e Pupo ainda têm as duas últimas etapas do WT para pontuar. Ou seja, um bom resultado em um desses eventos deve significar a permanência dos dois na elite.
Se a situação dos nossos guerreiros que já estão no WT é até certo ponto cômoda, a dos que lutam para ampliar o contingente de brasucas na elite também é favorável.
O principal ponto em questão: todos têm pouquíssimos - ou quase nenhum - pontos a defender.
Jessé Mendes (41° do ranking) e Hizunome Bettero (46°) defendem 2.057 pontos cada, pelas oitavas nas Canárias, no ano passado.
Thiago Camarão, 37° da lista, não tem pontos a defender. Se chegar à semifinal em Santa Cruz, já entra no Top-32.
Willian Cardoso (43°) e Júnior Faria (49°) também não defendem pontos. Mas precisam voltar a pontuar. Há algumas etapas os dois não conseguem grandes resultados e só terão, além do evento em Santa Cruz, o seis estrelas de Haleiwa e o prime de Sunset para pontuar.
Ainda há o grupo de brasucas que precisam de bons resultados no final da temporada para entrar bem colocados no começo do ano que vem e, aí sim, pensar em qualificação na rotação de meio de ano. São os casos de Wiggolly Dantas (59°), Tomas Hermes (77°), Jano Belo (82°), Yuri Sodré (96°) e Jerônimo Vargas (102°). Léo Neves (55°), Ricardo dos Santos (91°), Jihad Khodr (97°), Neco Padaratz (98°) e Pedro Henrique (100°) também estão neste grupo, mas sequer viajaram para Santa Cruz.
Veja no link abaixo a chave completa do O'Neill Coldwater Classic Santa Cruz:
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