Na hora do "vâmo ver" o Brasil não conseguiu manter o excelente desempenho e viu o contingente de 13 representantes no Mr Price Pro diminuir para menos da metade. Somente seis surfistas avançaram para a fase de 24, quando os competidores serão divididos em oito baterias de três.
Já na primeira disputa, Jihad Khodr não conseguiu segurar o embalado Josh Kerr, que venceu a bateria, mas garantiu um importante segundo lugar. Ele travou uma boa disputa com o francês Miakel Picon, concorrente direto na luta por uma vaga no WCT e levou a melhor.
Como disputa somente seis eventos este ano, Jihad soma pelo menos mais 1125 pontos, o suficiente para garantir uma vaga na lista provisória dos 15 que se classificam para a elite.
Outro que está muito perto disso é o carioca Léo Neves, que também só tem seis resultados até aqui (no ranking do WQS, contam os sete melhores resultados do ano). Provisoriamente, está entre os 25 primeiros, mas pode súbir bem mais se avançar às fases homem-a-homem.
Léo também passou em segundo, atrás do ex-campeão mundial C.J. Hobgood e deixou para trás Sterling Spencer (EUA) e Warwick Whight.
A primeira vitória brasileira do dia veio com Heitor Alves. Ele e Neco Padaratz empataram em número de pontos, mas o cearense teve uma de suas notas mais alta que as do catarinense.
Na mesma bateria, Jean da Silva (SC) foi elimado, em último, atrás do sul-africano Antônio Bortoletto. Jean fica pelo meio do caminho mais uma vez e deve perder alguma posições. O mesmo aconteceu com Simão Romão (RJ) e Pablo Paulino (CE).
Os três novos talentos brasileiros precisam romper essa fronteira e passar as baterias-chave no que diz respeito ao ranking. Para conseguir a vaga no WCT, vale mais regularidade e consistência do que explosões isoladas de surfe de alto nível.
Outros que deram adeus foram os cariocas Victor Ribas e Pedro Henrique, que parecem ainda não ter embalado este ano, o catarinense William Cardoso, que apesar de eliminado repete seus segundo melhor resultado e vai subir no ranking, e o paulista Beto Fernandes, que guardou as fichas para apostar tudo no WQS neste segundo semestre.
Além de Neco, outros dois surfistas garantiram vitórias para o Brasil. Um deles é Adriano de Souza, que tem oscilado este ano, mas que nesta sexta apresentou um surfe alto nível e não deu chances aos adversários - Ola Eleogram (2o.), Luke Munro (30.) e Asher Nolan (4o.). Venceu com a segunda melhor média do dia (14,60), atrás apenas de Josh Kerr (15,16).
A outra vitória foi deliciosa. Gilmar Silva derrotou o inglês Russel Winter e mandou para casa os havaianos Mason Ho e Joel Centeio. Mas, sobre Gilmar, vale um post exclusivo.
A próxima fase é a última antes dos rounds homem-a-homem.
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