terça-feira, 31 de julho de 2007

Brasucas em ação no Japão

Começou agora há pouco a etapa seis estrelas do WQS no Japão, o Yumeya Billabong Pro, na praia de Tahara. Somente dois brasileiros competem na fase de 192, a primeira do evento.

O carioca Milton Morbeck, que andou sumido por um bom tempo e retornou ao WQS este ano, já estreou e passou em segundo lugar numa bateria com três japoneses.

O outro é o paulista Gilmar Silva, que disputa apenas seus terceiro evento no ano e já tem dois excelentes resultados. É outro que pega três japoneses.

A etapa de Tahara não conta com um grande contingente de surfistas de outros países. tanto que essa fase de 192 é repleta de japoneses. Dos 96 que entram na água, somente 22 são de outros países.
'
Na próxima fase, nove brasucas farão suas estréias: Hizunomê Bettero (SP, que deve se sentir em casa), Dunga Neto (CE), Marcelo Trekkinho (RJ), Paulo Moura (PE), Danilo Costa (RN, que já foi campeão no Japão), Bruno Santos (RJ), Pedro Henrique (RJ), André Silva (CE) e Diego Rosa (SC).

No round dos 96, quando entram os principais cabeças-de-chave, aí são ainda mais brasucas, um time de respeito: Jean da Silva (SC), Simão Romão (RJ), Jihad Kodhr (PR), Odirlei Coutinho (SP), Léo Neves (RJ), Yuri Sodré (RJ), Heitor Alves (CE), Bernardo Miranda (PE), Rodrigo Dornelles (RS) e Adriano de Souza (SP).

A grande ausência é a de Pablo Paulino. Não deu pra entender porque o cearense deixou de ir ao Japão. Com seu surfe voador e as ondas pequenas de Tahara, poderia vir um grande resultado por aí. Sö espero que não tenha sido falta de grana.

Vamos torcer por um desempenho melhor do que o de Huntington Beach. Acho que as vibrações são as melhores possíveis para os brasucas.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Jean forte na briga pelo WCT


Jean da Silva deu um passo importante para ficar entre os 15 surfistas do WQS que garantem vaga no WCT do ano que vem. Em 20o. lugar antes das disputas do Honda US Open of Surfing, o catarinense se beneficiou com a bela campanha, onde atingiu as semifinais, e pulou para o 11o. posto.


São 520 pontos de diferença para o 16o. do ranking, o australiano Luke Munro. Com duas semifinais e duas oitavas em etapas seis estrelas, Jean está bem perto de sacramentar a vaga. Me arrisco a dizer que se trocar os dois piores resultados por dois de quartas-de-final em seis estrelas, a vaga é dele.


Os outros brasileiros que estão entre os 15 primeiros do WQS, até aqui, são Jihad Kodhr (4o.), Neco Padaratz (60.) e Heitor Alves (15o.), que não foram bem em Huntington Beach. Vão em busca da recuperação na etapa japonesa, mais uma de seis estrelas e que começa na madrugada desta segunda paraterça no Brasil, manhã de terça no outro lado do mundo.


Desde a vitória de Fabinho Gouveia na etapa disputada em piscina de ondas artificiais, em 92, o Brasil sempre vai bem no Japão. Estamos precisando. Nos EUA, tivemos um desempenho acanhado. Além de Jean na semi, os outros que tiveram um bom resultado foram Yuri Sodré e Simão Romão, que pararam nas oitavas. Resultado importante para ambos, que se mantêm na briga pelo WCT 2008.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Semana de WQS forte nos EUA

Essa semana tem o tradicional US Open, seis estrelas do WQS que acontece em Huntington Beach. O Brasil, até aqui, tem sido apenas regular. Não foram muitos os brasucas que passaram pelas duas primeiras fases e já tivemos algumas baixas importantes entre os que lutam por uma vaga no WCT do ano que vem, como Pablo Paulino e Odirley Coutinho.

Algumas derrotas na terceira fase foram duras de aceitar... Paulo Moura e Júnior Faria lideraram toda a disputa e no finalzinho acabaram tomando a virada e caindo para terceiro. No caso de Júnior Faria, vejam só, quem seria eliminado e acabou com a segunda vaga foi o vice-líder do ranking, Jordy Smith (ZAF)...

Mas outros brasucas já se garantiram na quarta fase. Jihad Kohdr, Adriano Souza e Jean da Silva venceram suas baterias, enquanto Hizunomê Bettero passou em segundo, atrás do top do WCT, Tom Whitaker (AUS).

Tem ainda muito brasileiro pra entrar em ação. Já, já, seguem os resultados deles.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Visões de Jeffrey`s


Amigos,


Dias de muito trabalho, viagens, Pan, freelas e aí foi inevitável ficar alguns dias sem postar.


Sem contar que as ondas de Jeffrey`s Bay colaboraram com essa malemolência deste bloggeiro. Tem coisa mais chata para um fissurado no Tour do que dias e dias de campeonato on hold?


Enfim, agora de volta, vai a minha visão da quinta etapa do WCT.


Foi um campeonato de recuperação. Não tenho a menor dúvida de que esse será o circuito mais equilibrado, emocionante e divertido dos últimos anos. Se brincar, o melhor de todos os tempos.


É verdade que Mick Fanning, que chegou ao menos às semifinais em todas as etapas, está um pouco desgarrado. É, um pouco, se considerarmos um descarte de cada surfista.


Taj Burrow e Kelly Slater, que não foram muito bem nas duas etapas anteriores, fizeram a final e voltaram à briga. Andy Irons não foi tão mal assim com o 5o. lugar.


Quem se deu mal mesmo foi Damien Hobgood. Como já havia sido 17o. na etapa de abertura, esse 33o. lugar em Jeffrey`s é realmente algo a lamentar.


E os brasucas?


Continuaram devendo. Falo isso com toda a segurança. Mais uma vez apenas um dos nossos surfistas rompeu o bloqueio do round 3. Ao menos, dessa vez, Adriano de Souza fez uma campanha sólida. Venceu bem suas baterias, eliminou o Top 7 Bede Durbidge, um surfista que agrada aos juízes, e ainda deu um calor em Kelly Slater.


De quebra, garantiu o melhor resultado de um dos brasucas que segue o WCT este ano ao alcançar as quartas-de-final.


Sigo na torcida para que, em Testles, na próxima etapa do tour, os brasucas se recuperem. Não precisa de muita coisa. Tipo, dois nas quartas-de-final e dois nas oitavas e eu já me satisfaria. Pena que, no panorâma atual, seja tão difícil de acreditar que isso possa ocorrer. Uma pena, porque surfe para isso os caras têm.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Boa chance para Mineirinho


Amigos, os últimos dias foram de muito trabalho, viagem e trabalho extra. Em contrapartida, a etapa de Jefreys anda a conta gotas.


Mais uma vez, os brasileiros do Tour tiveram um desempenho muito tímido. Ao menos já repetiram os resultados das três primeiras etapas e um dos nossos surfistas alcança, ao menos, as oitavas-de-final.


A bola da vez nesta etapa é Adriano de Souza (foto). Tem uma boa oportunidade de repetir o desempenho do melhor brasuca do ano até aqui, justamente o único a competir como convidado, Bruno Santos, que foi 5o. colocado no Chile.


Mineirinho terá pela frente o australiano Bede Durbidge. É consistente, compete muito bem e ocupa atualmente o 7o. lugar no ranking. Mas, até aqui, o brasileiro tem conseguido melhores notas que o rival nas oitavas.


É torcer para que ele controle os nervos e que solte o seu surfe. Nesse aspecto, Mineirinho não deixa nada a dever a Durbidge ou à maioria dos tops do WCT.


Quem passar deve enfrentar Kelly Slater, que enfrenta o irregular Luke Stedman (AUS) nas oitavas.


Em tempo: ao menos o paulista Adriano de Souza já se consolida como o melhor brasileiro no circuito.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Brasucas estreiam mal. Líder avança


Os dois únicos brasileiros que caíram no mar de Jeffreys Bay nesta quarta-feira, primeiro dia da janela de espera da quinta etapa do WCT, caíram para a repescagem. Já o líder do ranking, Mick Fanning, continua firme em busca do primeiro título mundial.


O australiano fez a terceira melhor média do dia (16 pts.) para escovar o francês Jeremy Flores e o sul-africano wild card Shaun Payne. Os dois não chegaram sequer aos dez pontos.


Os melhores do dia foram dois outros australianos. Joel Parkinson cravou a melhor média (16,83) e a melhor nota (9,33) do dia, para despachar Pancho Sullivan (HAW) e Trent Munro (AUS).


Daniel Wills (na foto, batendo com estilo) chegou bem perto, com 16,50, na bateria que teve Mark Occylupo em segundo e o carioca Raoni Monteiro em terceiro. Raoni não se achou no mar de Jeffreys e o máximo que conseguiu foi um 5,33 e um 4,30.


Neco Padaratz teve um desempenho melhor, mas ficou em segundo na bateria vencida pelo ex-campeão mundial C.J. Hobgood (EUA). Usando bem o backside, o norte-americano cravou um 9,00 que sacramentou sua vitória. Neco, com um 7,17 e um 5,00, ainda deixou Taj Burrow em terceiro.


O vice-líder do ranking, Damien Hobgood, vai ter que disputar a repescagem. Ficou em terceiro na bateria vencida por Luke Munro (AUS), que ainda teve Ben Dunn (AUS).


Outro forte concorrente ao título, o haviano Andy Iron, também avançou. O terceiro do ranking venceu a última disputa do dia, contra Damien Fahrenfort (ZAF) e Michael Campbell (AUS).

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Brasucas já sabem quem encaram em Jeffrey's

Os brasucas já sabem contra quem vão estrear na quinta etapa do WCT, que terá sua janela de espera pelas melhores condições da clássica direita de Jeffrey's Bay aberta nesta qurta-feira.

O engraçado é que o contingente verde e amarelo até que tem feito um bom papel na primeira fase, quando as baterias são disputadas entre três competidores.

Abaixo, segue as baterias de cada um deles e um pequeno exercício de futurologia do bloggeiro que vos fala:

Bateria 2 - Daniel Wills (AUS), Raoni Monteiro (RJ) e Mark Occhilupo (AUS)
O australiano Daniel Wills vem tendo um ano regular, mas nada demais. A nona posição no ranking se deve a uma série de 9o.s lugares. Já Occy colecionou uma série de resultados ruins e ainda não foi ao Chile por conta de uma contusão. bateria boa para Raoni Monteiro avançar, mas não será nada fácil.

Bateria 6 - Taj Burrow (AUS), Neco Padaratz (SC) e C.J. Hobgood (EUA)
É incrível como a falta de sorte tem rondado Neco Padaratz no WCT deste ano. Quem o vê em ação no WQS sabe que ele está com o surfe no pé. A falta de sorte é a bateria casca grossa que ele pegou. É torcer para que Jeffrey's esteja com condições pesadas.

Bateria 11 - Travis Logie (ZAF), Adrian Buchan (AUS) e Rodrigo Dornelles (RS)
Até aqui, Pedra mostrou que tem surfado abaixo do nível dos caras do WCT. Até mesmo as baterias que venceu foram com pontuações baixas. E o pior é que todo mundo sabe que ele tem potencial. Se o mar estiver pesado, as chances do gaúcho aumentam.

Bateria 13 - Bruce Irons (HAW), Léo Neves (RJ) e Victor Ribas (RJ)
Bruce Irons é um dos maiores talentos do WCT. Mas costuma dormir em diversas baterias. Talvez por isso nunca tenha entrado na briga pelo título. Minha aposta seria em Léo Neves, que está ligadíssimo, hiper motivado e tem tudo para encaixar seu surfe em Jefrrey's. Vitinho parece ainda não ter embalado. Acho pouco provável que seja agora.

Bateria 14 - Cory Lopez (EUA), Adriano de Souza (SP) e Michael Lowe (AUS)
A loteria do WCT é pior que Megassena. É muito difícil fazer prognósticos, porque qualquer um pode vencer o Slater ou o Fanning se acordar em um dia bom, as ondas vierem e os juízes não atrapalharem. Mas acho que essa é uma bela chance para Mineirinho avançar.

Bateria 16 - Taylor Knox (EUA), Bernardo Miranda (PE) e Greg Emslie (ZAF)
Um ponto negativo que notei no surfe de Pigmeu este ano é a falta de pressão. Ele está rápido, estiloso como sempre, mas não tem jogado muita água. Em Bell's isso ficou claro. Contra o habilidoso Taylor Knox e o conhecedor do pico Greg Emslie, torço para que as ondas estejam pequenas.

Enfim, é mandar boas vibrações aos nossos tops e torcer para que alguém chegue mais longe do que nas quatro primeiras etapas, de preferência mais de um dos nossos representantes.

A conta do WQS


Falo com o amigo João Carvalho, assessor da ASP South America, na sexta passada. Ele pode me ajudar a tirar uma dúvida: quantos pontos são necessários para um surfista garantir uma vaga no WCT 2008 pelo ranking do WQS deste ano? Afinal, com a entrada do sistema prime, este ano existem muito mais pontos em jogo que na temporada passada.


"Rapaz, sei lá! Acho que pra se garantir tem que fazer dem mil pontos", falou João, com sua sinceridade de sempre. Eu coloquei que achava que seria até um pouco mais. Dez mil e 500 pontos pra se garantir de vez.


No ano passado, a previsão da ASP era que quem chegasse aos 9 mil ficava com uma vaga. Léo Neves, que foi um dos últimos classificados pelo WQS, ficou na casa dos 8.800 pontos.


Se minha conta estiver certa, o português Tiago Pires (na foto, em Durban), líder do ranking, já está dentro. Tem 10.850 pontos. O sul-africano Jordy Smith, com 10.063 está muito perto, quase lá.


Eu diria também que, para Jihad Kodhr (PR), Jay Thompson (AUS), Neco Padaratz (SC) e Kieren Perrow (AUS), bastam mais dois bons resultados, tipo quartas-de-final, ou uma semi e uma oitavas, ou mesmo mais um título em etapas seis estrelas.



domingo, 8 de julho de 2007

Jihad vence e é 3o. do WQS


O Brasil faturou, de forma consecutiva, a segunda etapa de grande pontuação no WQS. Depois da vitória de Heitor Alves, no cinco estrelas das Maldivas, neste domingo foi a vez de Jihad Kodhr (foto) conquistar o Mr Price Pro, seis estrelas de Durban.


Em somente seu sétimo campeonato no WQS deste ano, Jihad pulou para o terceiro lugar no ranking e um passo importante para ficar com uma vaga no WCT 08. Ainda há muita onda pra rolar até o final do ano, mas o paranaense está a menos de 700 pontos de atingir a barreira dos 10 mil pontos.


Na decisão, Jihad derrotou o francês Jeremy Flores, atual número 12 do WCT. Antes, vencera o australiano Jay Thompson e os norte-americanos Ben Bourgeois e Mike Todd, todos adversários diretos no WQS.


Outros dois brasucas chegaram às quartas-de-final em Durban. Os amigos guarujaenses Gilmar Silva e Adriano de Souza surfaram muito bem por toda a semana e só pararam diante do vice-campeão Flores e do líder do WQS, Tiago Pires.


Neco Padaratz parou nas oitavas-de-final e se consolidou em 5o. lugar no ranking. Heitor Alves, que paou na mesma fase, subiu para o 13o. lugar e é outro brasuca na lista provisória dos 15 que sobem para a elite.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

De olho em Gilmar Silva

Gilmar Silva vem se constituindo numa das maiores revelações do Mr Price Pro 07. Ele e o australiano Mark Mattews são os únicos que estrearam na primeira fase que ainda estão vivos.

O guarujaense já deixou pelo caminho nomes como os de Cory Lopez (EUA), Jake Paterson (AUS) e Chris Davidson (AUS). Nesta sexta, foi a vez de derrotar o inglês Russel Winter e mandar para casa os havaianos Mason Ho e Joel Centeio.

Um detalhe: essa é apenas a segunda participação de Gilmar no WQS 07. Na primeira, chegou às oitavas-de-final no seis estrelas do Costão do Santinho, quando derrotou os top 45 Neco Padaratz e Royden Bryson e só foi eliminado pelo ex-WCT Shea Lopez, isso depois de tê-lo derrotado duas vezes nas fases anteriores.

Ou seja, mesmo que perca na próxima fase, com apenas dois resultados Gilmar já vai se colocar entre os 140 melhores do ranking (atualmente é o 215o.). À frente de caras que possuem quatro, cinco, seis etapas disputadas!

Gilmar é amigo e espécie de mentor de Adriano Mineirinho. Já tem 20 e poucos anos e, ao que parece, ainda não contou com um patrocinador, nessa fase de profissional, compatível ao seu talento.

Dia de Neco, Mineirinho e Gilmar

Na hora do "vâmo ver" o Brasil não conseguiu manter o excelente desempenho e viu o contingente de 13 representantes no Mr Price Pro diminuir para menos da metade. Somente seis surfistas avançaram para a fase de 24, quando os competidores serão divididos em oito baterias de três.

Já na primeira disputa, Jihad Khodr não conseguiu segurar o embalado Josh Kerr, que venceu a bateria, mas garantiu um importante segundo lugar. Ele travou uma boa disputa com o francês Miakel Picon, concorrente direto na luta por uma vaga no WCT e levou a melhor.

Como disputa somente seis eventos este ano, Jihad soma pelo menos mais 1125 pontos, o suficiente para garantir uma vaga na lista provisória dos 15 que se classificam para a elite.

Outro que está muito perto disso é o carioca Léo Neves, que também só tem seis resultados até aqui (no ranking do WQS, contam os sete melhores resultados do ano). Provisoriamente, está entre os 25 primeiros, mas pode súbir bem mais se avançar às fases homem-a-homem.

Léo também passou em segundo, atrás do ex-campeão mundial C.J. Hobgood e deixou para trás Sterling Spencer (EUA) e Warwick Whight.

A primeira vitória brasileira do dia veio com Heitor Alves. Ele e Neco Padaratz empataram em número de pontos, mas o cearense teve uma de suas notas mais alta que as do catarinense.

Na mesma bateria, Jean da Silva (SC) foi elimado, em último, atrás do sul-africano Antônio Bortoletto. Jean fica pelo meio do caminho mais uma vez e deve perder alguma posições. O mesmo aconteceu com Simão Romão (RJ) e Pablo Paulino (CE).

Os três novos talentos brasileiros precisam romper essa fronteira e passar as baterias-chave no que diz respeito ao ranking. Para conseguir a vaga no WCT, vale mais regularidade e consistência do que explosões isoladas de surfe de alto nível.

Outros que deram adeus foram os cariocas Victor Ribas e Pedro Henrique, que parecem ainda não ter embalado este ano, o catarinense William Cardoso, que apesar de eliminado repete seus segundo melhor resultado e vai subir no ranking, e o paulista Beto Fernandes, que guardou as fichas para apostar tudo no WQS neste segundo semestre.

Além de Neco, outros dois surfistas garantiram vitórias para o Brasil. Um deles é Adriano de Souza, que tem oscilado este ano, mas que nesta sexta apresentou um surfe alto nível e não deu chances aos adversários - Ola Eleogram (2o.), Luke Munro (30.) e Asher Nolan (4o.). Venceu com a segunda melhor média do dia (14,60), atrás apenas de Josh Kerr (15,16).

A outra vitória foi deliciosa. Gilmar Silva derrotou o inglês Russel Winter e mandou para casa os havaianos Mason Ho e Joel Centeio. Mas, sobre Gilmar, vale um post exclusivo.

A próxima fase é a última antes dos rounds homem-a-homem.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Ok, você venceu, aí vai uma foto!


Depois de nove postagens somente com textos, me rendo ao descaso dos responsáveis pela mídia do Mr Price Pro. Nenhuma foto nova dos brasileiros foi disponibilizada. Mas, em respeito aos leitores, segue essa paulada de Tom Whitaker.


Não dizem que uma imagem vale mais que mil palavras?

Como torcer nesta sexta

Se você for daqueles que acompanha as transmissões do Circuito Mundial de Surfe pela internet, segue um guia de como torcer pelos brasileiros nesta sexta, quando acontece a quarta fase do Mr. Price Pro, em Durban:

  • Comemore os 100 anos da migração japonesa para o Brasil e torça pra Izuki Tanaka se classificar na primeira bateria. Em segundo, é claro, já que Jihad Khodr vai passar em primeiro. Se nosso amigo oriental não ajudar, é melhor que passe Josh Kerr, já que Mikael Picon é sexto no ranking do WQS.
  • Dos três adversários de Simão Romão, da segunda bateria, o melhor no ranking é o ex-Top 45 David Weare (ZAF), atual 51o. do WQS. Portanto, concentre suas forças na classificação do carioca, até porque vai ser pedreira. Os outros são o top do WCT Tom Whitaker e o sul-africano Dustin Payne, um dos melhores em Durban até aqui.
  • Na bateria de Vitinho, a terceira do dia, torça pelo cabofriense e contra o norte-americano Mike Tood, 36o. do ranking.
  • Na quarta, é vibrar por William Cardoso, mas sem deixar de secar o norte-americano Ben Bourgeois (9o.) e o australiano Jay Thompson (15o.). Faça uma frente com a torcida local e torça para o sul-africano Royden Bryson passar em segundo.
  • Leó Neves recebe todas as nossas boas vibrações na quinta. Em segundo lugar, que tal Spencer Sterling (USA), que não aparece nem entre os 100 primeiros do ranking?
  • A sexta é ingrata, com três brasileiros contra o sul-africano Antonio Bortoletto. Fiquem à vontade, mas eu quero Jean da Silva e Heitor Alves, que podem sair de Durban entre os 15 primeiros do WQS. Foi mal aí, Neco...
  • Depois da overdose de brasucas, na sétima não tem ninguém de verde e amarelo. Tem, sim, os números 7, Drew Courtney, 8, Dane Reynolds, e 19, Eneko Acero. É torcer pelo 99o. do ranking, Gavin Roberts, que se ele passar já é lucro.
  • Na oitava, é hora de reverenciar os ídolos do surfe. É Gilmar Silva em primeiro e o garoto Mason Ho, filho do ex-campeão do Pipe Masters, Michael Ho, em segundo.
  • Depois do acidente no Chile, que tal Adriano de Souza mostrar que está totalmente recuperado com uma bela vitória na nona disputa? Em segundo, o cara de nome difícil, Ola Eleogram, 83o. do WQS.
  • Na décima, com Pedro Henrique em primeiro e o australiano Mark Mathews em segundo, impediremos o avanço de Dustin Coizon e Michael Bourez, que estão na porta dos top 15.
  • Na décima-primeira temos o número 2, Tiago Pires, o número 5, Kirk Flintoff, e o número 12, Aritz Aramburu. Além do brasuca Beto Fernandes, que já venceu o Mr. Price Pro e que terá toda nossa força para avançar. É relaxar e torcer pro portuga Tiago passar em segundo.
  • A última disputa da fase tem duas formas de torcer. Pra quem considera Patrick Beven brasileiro, é ele e Pablo Paulino na fita, com o cearense em primeiro, porque aí já é demais. Pra quem acha que Beven é francês (o meu caso, foi mal aí de novo), é torcer pra Pablo Paulino e pro sul-africano Travis Logie, que está bem no WCT e se ficar entre os 15 do WQS abre vaga para o 16o.

Como é bom ser segundo

Os brasucas que caíram na água nesta quinta não mantiveram o nível extraordinário dos resultados alcançados pelo País em Durban até aqui. Ainda assim, com quatro classificados e três eliminados, o saldo terminou positivo.

O curioso é que todos os quatro que avançaram - Pedro Henrique (RJ), Adriano de Souza (SP), Pablo Paulino (CE) e Beto Fernandes (SP) - passaram suas baterias em segundo lugar. Ufa... Salve o segundo lugar!

Dos três eliminados, menos mal para Rodrigo Dornelles (RS). Como disputou apenas o seu sexto evento, mesmo com a derrota em último lugar na estréia em Durban, o Pedra vai subir algumas posições no ranking. Com os 563 pontos ganhos, deve ficar entre os 35 primeiros.

Odirlei Coutinho (SP) e Fabinho Gouveia (PB) só podem esquecer Durban e seguir em frente.

Bye, bye, Jordy

O líder do ranking do WQS, Jordy Smith, foi eliminado na estréia, no Mr Price Pro. Apesar de surfar em casa, em Durban, a revelação do ano da divisão de acesso foi muito mal e terminou em último, com apenas 5,13 pontos.

Com isso, o português Tiago Pires reassumirá a liderança do ranking se chegar à fase dos 24 .

Outro top 35 do ranking que foi eliminado nesta quinta foi o ubatubense Odirlei Coutinho, que também ficou em último em sua bateria de estréia.

Brasil segue com maior contingente

Se antes do início da terceira fase, o Brasil contava com o segundo maior pelotão de representantes no Mr. Price Pro, seis estrelas do WQS que acontece esta semana em Durbai, na África do Sul, a maré já mudou. Os australianos foram praticamente dizimados e abriram o posto de maior contingente aos brasucas.

A Austrália contou com 24 surfistas na terceira fase. Destes, somente nove avançaram para a quarta rodada. Dos 22 brasileiros que caíram na água, 13 se garantiram entre os 48 melhores do campeonato.

A África do Sul faz as honras da casa e aparece em terceiro, com oito surfistas. Fecham a lista Estados Unidos (6), Havaí (4), França (2), Espanha (2), Tahiti (1), Japão (1), Inglaterra (1) e Portugal (1).

Somente uma das 12 baterias do próximo round não conta com um brasileiro. Em compensação, na sexta disputa, três deles se enfrentam: os catarinenses Neco Padaratz e Jean da Silva e o cearense Heitor Alves, além do local Antônio Bortoletto.

Sou fã do surfe e da atitude de Neco, mas, nesse caso, vou torcer para Jean e Heitor, que precisam de um bom resultado em Durbai para ficar entre os 15 melhores do ranking.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Site do Mr. Price omite brasucas

Veja o tratamento destinado ao surfe brasileiro pela equipe de mídia do Mr. Price Pro. Apesar da bela campanha dos nossos surfistas no Pier de Durban, até aqui, o espaço no material de divulgação do evento praticamente omite os brasucas.

Nos três dias de disputa do evento principal, somente uma foto de um surfista brasileiro foi colocada à disposição na galeria do site oficial do seis estrelas sul-africano. O sortudo foi Gilmar Silva, que realmente tem detonado nas direitinhas de Durban. E isso em um dia em que as maiores estrelas, ao menos para os sul-africanos, ainda não haviam estreado.

Nesta quarta, só deu sul-africano ou figurinhas carimbadas dos Estados Unidos, Austrália e Europa entre as 20 fotos da galeria. Até uma foto de duas japonesas que ninguém sequer sabe o nome tem lá, com todo respeito às japonesas. E nada dos Top 45 Victor Ribas e Neco Padaratz, ou de Jihad Khodr, Heitor Alves ou Jean da Silva, que venceram suas baterias.

Mas, olha só. Não quero aqui compactuar com qualquer tese conspiratória contra os brasileiros. Acho só que a equipe de mídia do evento não deve ter se tocado de que esta é uma atitude provinciana. Como se fosse bacana adular quem é do Primeiro Mundo.

Ainda assim, em protesto, segue mais um post sem foto.

Números 3 e 4 do ranking perdem de cara

Durou pouco as campanhas dos australianos Kieren Perrow e Jarrad Howse em Durban. Os dois foram eliminados na estréia no Mr. Price Pro.

Ainda assim, como haviam disputado apenas seis eventos, somam 625 pontos e continuam em situação confortável. Mas queimam um cartucho para ficarem mais perto de uma vaga no WCT.

Outros quatro surfistas colocados entre os 35 primeiros do ranking do WQS também foram eliminados nas pequenas direitas de Durban. O australiano Adrian Buchan (29o.), o cearense André Silva (33o.) e os norte-americanos Gabe Kling (31o.) e Bret Simpson (34o.).

Esquadra brasuca segue fazendo estrago

Jihad Khodr, Simão Romão, Victor Ribas, Willian Cardoso, Neco Padaratz, Heitor Alves, Léo Neves, Jean da Silva e Gilmar Silva. Esses são os brasucas que avançaram no Mr. Price Pro após as disputas das 14 primeiras baterias da terceira fase.

Eles ficam a mais uma fase de garantir um bom resultado em termos de ranking. Quem passar pelo round de 48 já se garante entre os 24 melhores do evento, o que significa pelo menos 1125 pontos na soma dos sete melhores resultados do ano.

É esse limiar que tem sido uma espécie de trava para alguns dos nossos surfistas que lutam por uma vaga no WCT. Eu citaria os casos específicos de Jean da Silva e Simão Romão. Em mais de uma oportunidade eles foram derrotados justamente nessa fase e, por conta de uma bateria, não estão em uma posição tranquila no ranking.

Nesta quarta, Jean venceu uma disputa casca grossa, deixando o ex-campeão mundial CJ Hobgood em segundo e mandando pra casa outro Top 45 do WCT, o local Ricky Basnett. Venceu com um 7,10 e um 7,00, mas mesmo que não tivesse surfado essas duas ondas ainda assim teria faturado a bateria, com outras duas notas na casa dos seis pontos. Simão passou atrás de Jihad Khodr na bateria que eliminou o cearense André Silva.

O Brasil garantiu mais duas dobradinhas. Na quinta bateria, Vitinho Ribas e William Cardoso derrotaram o Top 45 Phil MacDonald e o ex-WCT Toby Martin. A cada campeonato o catarinense William Cardoso mostra que chegou para ficar no cenário internacional. É apenas o 58o. do ranking, mas está em seu primeiro ano de WQS e já não treme frente aos caras mais conhecidos.

Na 11a. foi a vez de Heitor Alves, campeão do 5 estrelas das Maldivas e do Top 45 Léo Neves fazerem a festa. Não deram mole pra Marlon Lipke (ALE) e Justin Mujica (POR) e confirmaram o favoritismo.

Neco Padaratz e Gilmar Silva avançaram em segundo. Neco em uma disputa apertada com Troy Brooks (AUS) e Gilmar atrás de Enero Acero (ESP).

Não tiveram a mesma sorte, além de André Silva, os cariocas Marcelo Trekkinho e Leandro Bastos e os paulistas Heitor Pereira e Hizunomê Bettero, que foram eliminados.

Ainda assim, o saldo segue positivo. Nove avançaram e cinco deram adeus. Outros oito brasucas competem nesta quinta ainda pela terceira fase.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Dois top 16 do WQS estão fora

Durante as etapas do WQS, vamos acompanhar o desempenho dos caras que lutam por uma das 15 vagas no WCT. Em Durbai, selecionamos os 35 primeiros do ranking do WQS.

Desses, cinco já deram adeus ao evento. Entre eles, Shea Lopez, atual 13o. colocado e Nathan Hedge, 16o. Pior para Shea, que tem somente três resultados acima dos mil pontos e deve descer bastante no ranking. Por exemplo, vai ser ultrapassado inclusive pelo próprio Hedge, que só agora completa a lista de sete resultados válidos para o ranking.

Os outros top 35 do WQS que já foram eliminados são o carioca Yuri Sodré (26o.) e os australianos Daniel Ross (28o.) e Chris Davidson (35o.).

Pauleira para os tops

Ser ou ter sido um Top 45 do WCT não significa muita coisa nas acirradas disputas do WQS. Como as etapas normalmente acontecem em condições difíceis, fatores como escolha de onda e sorte contam tanto quanto o talento ou a experiência de um surfista.

Veja o exemplo do Mr. Price Pro. Dos onze surfistas com status de Top 45 que competiram até aqui, mais da metade já deu adeus à disputa. Infelizmente para nós, três são brasileiros, o pernambucano Paulo Moura, o carioca Yuri Sodré e o potiguar Marcelo Nunes. Os outros são o australiano Nathan Hedge, o norte-americano Shea Lopez e o sul-africano Paul Canning.

Menos mal que dos cinco que seguem vivos, dois são brasucas, o carioca Pedro Henrique, que disputou a elite no ano passado, e Fábio Gouveia, nosso primeiro e eterno top. Os outros são Mikael Picon (FRA), Toby Martin (AUS) e Jeremy Flores, esse o único que disputa o WCT deste ano e também o único a passar sua bateria em segundo lugar.

Brasucas quebram tudo em Durban


O Brasil teve um dia sensacional no Mr. Price Pro, etapa seis estrelas do WQS, que acontece em Durban, na África do Sul. Esteve bem próximo de fazer história.


Dos 18 brasucas que caíram na água, 12 se classificaram para a terceira fase. Oito venceram suas baterias. Dos seis que não se classificaram, cinco - Paulo Moura (PE), Júnior Faria (SP), Yuri Sodré (RJ), Marcelo Nunes (RN) e Róbson Santos (SP) - foram eliminados por pequenas diferenças. Somente Bruno Santos (RJ) terminou sua bateria em último lugar.


Marcelo Trekinho (RJ) e André Silva (CE), na primeira bateria da fase, e Heitor Pereira (SP) e Leandro Bastos (RJ), na sétima, fizeram dobradinhas brasileiras. Jean da Silva (SC), Gilmar Silva (SP, na foto rasgando uma direitinha do Pier de Durban), Hizunome Bettero (SP), Pedro Henrique (RJ), Fábio Gouveia (PB) e Beto Fernandes (SP) foram outros que venceram suas baterias. Willian Cardoso (SC) e Pablo Paulino (CE) passaram em segundo.


O destaque, não só do País, mas de todo o campeonato, foi o paulista Hizunome Bettero. Ele cravou, até aqui, a maior média do campeonato, ao somar 17,16, na soma das suas duas melhores ondas (8,83 e 8,33). Heitor Pereira também fez bonito, ao marcar a segunda melhor nota do dia e do campeonato, um 9,17.


Os doze que avançaram hoje se juntarão aos dez cabeças-de-chave, formando uma equipe de 22 brasucas. Só perdemos em quantidade para os australianos, que têm 24 representantes, mas estamos bem à frente de África do Sul (15), Estados Unidos (14), Havaí (5) e Espanha (4). Também terão surfistas na briga pelo título outros oito países: França (3), Japã0 (1), Ilhas Reunião (1), Taiti (1), Portugal (2), Alemanha (1), Inglaterra (1) e Ilhas Canárias (1).


Nas condições do Pier de Durban, direitas pequenas e perfeitas, não será surpresa se o Brasil repetir o desempenho da etapa cinco estrelas de Maldivas, quando Pablo Paulino e Heitor Alves foram os dois melhores surfistas do campeonato e fizeram uma semifinal verde e amarela. Na sequência, Heitor faturou o título.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Pontos em jogo no WQS de Durban

Começou o Mr. Price Pro 2007, mais uma etapa seis estrelas do WQS. Ou seja, 2500 pontos para o vencedor.

Como não poderia deixar de ser, um caminhão de brasucas compete nas direitinhas do Pier de Durban. Hoje pela manhã, oito caíram na água, pela primeira fase.

Heitor Pereira, Gilmar Silva e Róbson Santos foram os destaques e venceram suas baterias. Também avançaram para a próxima fase o carioca Leandro Bastos e o paulista Júnior Faria.

Felipe Ximenes, Milton Morbeck e Jorge Spanner foram eliminados. Patrick Tamberg estava escalado, mas não compareceu. Deve ter sido atrapalhado pelos controladores de vôo.

Beto Fernandes está escalado para a 24a e última bateria da fase, a única que não foi pra água.

Amanhã, pela segunda rodada, mais um monte de brasileiros em ação: André Silva e Marcelo Trekinho (juntos, na 1a bateria); Paulo Moura (2a); Júnior Faria (4a); Willian Cardoso (6a); Heitor Pereira e Leandro Bastos (7a); Yuri Sodré (9a); Jean da Silva (10a); Gilmar Silva (13a); Hizunome Bettero (14a); Pedro Henrique (18a); Marcelo Nunes (20a), Pablo Paulino (21a); Fábio Gouveia e Robson Santos (23a); e Bruno Santos (24a).

Isso sem contar com os cabeças-de-chave, que só entram na terceira fase: Jihad Kodr e Simão Romão (2a); Victor Ribas (5a), Bernardo Miranda (7a); Neco Padaratz (10a); Heitor Alves e Léo Neves (11a); Rodrigo Dornelles (19a); Adriano de Souza (20a); e Odirlei Coutinho (23a).

23 tops do WCT disputam a etapa, entre eles os norte-americanos CJ Hobgood e Cory Lopez e os australianos Ben Dunn, Josh Kerr e Tom Whitaker.