Heitor Alves (3°) - Eu estava quase formando a opinião de que o campeonato de Heitor em Trestles havia sido igual ao de Alejo em NYC - ótimo resultado e pouco brilho. Até que ele enfrentou Slater, nas semifinais, de igual para igual. As baixas pontuações nas primeiras fases explicam a minha impressão. Mas veio a bateria com o Careca e Heitor arrancou duas notas acima de 8,0. Se não tivesse perdido a velocidade após os aéreos e tivesse feito ondas mais limpas, teria causado uma grande zebra. Que o cearense use essas duas etapas como motivação. Afinal, foram cinco vitórias sobre surfistas do top-10 - Fanning e Parko em NYC e Bourez, Taj e Mineirinho em Trestles.
Adriano de Souza (5°) - outro grande campeonato de Mineirinho e, dessa vez, não houve falta de sorte. Ele se impôs em grande estilo sobre Medina, no round 1, e Jadson, que o havia tirado em NYC e acabara de fazer a maior soma do campeonato, no R2. A vitória sobre Taj, no R4 também foi típica de um Top-5. Nas quartas, em uma disputa com poucas ondas, vacilou na escolha e caiu em algumas manobras importantes. Mas o saldo foi extremamente positivo.
Jadson André (13°) - Jadson nunca ter conquistado um título em Trestles é o mesmo que Zico nunca ter ganho uma Copa. Pior para a Copa, pior para Trestles. O potiguar surfa muito nas rampas californianas e o desempenho assombroso no R2 ilustra bem isso. Na bateria contra Mineirinho caiu mais que de costume e ainda teve um adversário inspirado e que não entregaria a vitória de bandeja assim tão fácil. Poderia ter ido mais longe.
Gabriel Medina (13°) - Nosso Golden Boy sentiu em Trestles que, apesar de ter o surfe mais contemporâneo do mundo, a relação com os juízes do Tour é feita aos poucos. Não deveria, mas é assim que funciona. Sentiu isso no R3, quando foi mal julgado e viu Kerr ser tratado com uma simpatia fora do comum. terá que ser o SuperMedina de sempre, como que destroçou Travis Logie no R2.
Miguel Pupo (25°) - Outro que poderia ter ido mais longe. Não foi muito bem no R1, mas fez uma bela bateria contra Heitor Alves, na repescagem. Teve o azar de pegar o cearense no melhor momento da carreira no WT. Ainda assim, soltou as manobras e não se mostrou acanhado. É o que importa nesse começo no Tour.
Alejo Muniz (25°) - Falar o que de quem pegou adversários que, com poucos minutos de bateria, já tinham duas notas superiores a 8,0 no somatório? Ainda assim, cabe uma reflexão. Poderia ser Alejo na situação dos dois high scores no começo da bateria. Para que isso aconteça, os aéreos e rabetadas que ele aplica como poucos precisam aparecer.
Raoni Monteiro (25°) - Como disse o Capitão Nascimento, "estratégia, em grego, estrategya, em espanhol, estrategia"... O carioca é um dos surfistas mais completos do Tour. Amplo repertório de manobras clássicas e progressivas, pressão, estilo, bom de front e de backside, de tubo... A chave para Raoni está apenas na cabeça dele. Grande chance de chegar longe jogada fora diante de Taylor Knox e Kai Otton.
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