
O Tour encerrou a primeira parada da Tríplice Coroa Havaiana em um mar qualquer que, na verdade, não era Haleiwa.
O mar até subiu um pouquinho no último dia de disputas do Reef Pro, mas nem de longe lembrou a potência das clássicas direitas de um dos picos mais clássicos do surfe mundial.
Ainda estou desconfiado de que o evento rolou em outro pico e a transmissão pela Internet apenas disse que era no Alii Beach Park...
Nesse contexto, o australiano Taj Burrow conquistou o título e largou na frente na corrida pela coroa.
Desnecessariamente, Taj voltou a ser julgado de forma diferente, sempre hiper valorizado em suas notas. Surfou muito e levaria o título de toda forma, sem a "ajuda" dos juízes.
Mandou suas tradicionais manobras progressivas e ainda achou alguns tubos. Estava totalmente sintonizado com o mar e arrancou notas na casa dos 9 em todas as baterias que disputou.
O Brasil esteve muito bem representado por Adriano de Souza. Em grande fase, Mineirinho surfou com muita personalidade, competiu de forma segura e fria e chegou à final.
Pelo que fez durante toda a etapa, o 3° lugar foi pouco, mas abre a perspectiva do nosso melhor representante no WT lutar pelo título da Tríplice Coroa, algo inédito para o surfe brasileiro.
O evento também não lembrou as últimas apresentações da Brazilian Storm. Dessa vez, nosso estrago foi pequeno, no máximo uma chuva de verão.
As principais atenções estavam voltadas para Willian Cardoso, Thiago Camarão e Jessé Mendes, que são os que mantêm a esperança de ingressar no WT de 2012.
Dos três, apenas Jessé conseguiu ampliar sua pontuação, com o 13° lugar. Não o deixa tão perto do Top-32, mas o faz precisar de um resultado menos complexo em Sunset, no prime que deve começar nesta sexta.
Acredito que a classificação para a semifinal levará o jovem paulista de 19 anos à elite.
Thiago Camarão estreou bem e avançou às oitavas. Lutou, mostrou disposição para brigar por um bom posicionamento no pico, mas não conseguiu pegar uma onda boa e acabou eliminado em 17°.
Willian foi a decepção. O catarinense foi apático, boiou a maior parte do tempo e se manteve o tempo inteiro fora do pico. Com um line up bem definido e séries inconstantes e inconsistentes, só se deu bem quem mostrou raça para disputar as melhores no braço, algo que nosso brasuca não fez em nenhum momento.
A torcida é para que Willian mude de postura em Sunset. Porque surfe no pé ele tem de sobra e o seu estilo power tem tudo para se adaptar bem a Sunset.
Jadson André (17°) e Léo Neves (25°) foram os outros que pararam nas oitavas.
Apesar do título ter ficado com Taj, o maior vencedor do Reef Pro foi outro australiano. Adam Melling travou um duelo com Mineirinho na final pela vice e levou a melhor. Com isso, somou mais 3.750 pontos (5.200 do Reef Pro menos 1.750 do seu oitavo melhor resultado) e praticamente se garantiu na elite em 2012.
Nat Young foi a revelação do evento ao chegar à decisão, finalizando em 4°.
Outros que garantiram souberam aproveitar a oportunidade nas merrecas de Haleiwa e somaram pontos importantes com vistas ao WT-12 foram John John Florence (5°), Tanner Gudauskas (9°), Kieren Perrow (9°) e Kolohe Andino (13°).
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