quinta-feira, 10 de novembro de 2011

16 brasileiros na luta pelo título em Haleiwa

Camarão em ação na atual temporada havaiana, em Rocky Point. (Foto: Daniel Tabone)

Quando as ondas resolverem subir no Hawaii e a primeira chamada para o seis estrelas de Haleiwa for dada, 16 surfistas brasileiros estarão na briga pelo título desta que é a primeira etapa da Tríplice Coroa Havaiana.

Cinco brasucas estão no round 1. Todos eles fora dos Top-80 do World Ranking, mas com pontos suficientes para disputar, provavelmente, a etapa de nível Star mais concorrida do Tour.

Jano Belo, Ricardo dos Santos, Yuri Sodré, Jerônimo Vargas e Caio Ibelli são os cinco felizardos. Todos em busca de um grande resultado, que seria o primeiro no Tour deste ano, mas certamente todos com o objetivo de subir o máximo possível para tentar entrar na briga pra valer em 2012.

No round 2, quando entram os primeiros pré-classificados, o Brasil ganha o reforço de mais quatro representantes.

Júnior Faria é o de melhor ranking (atual 47°), mas com chances remotas de brigar por uma vaga no WT do ano que vem. Bom, nunca é demais lembrar que Raoni Monteiro também estava quase fora do jogo no ano passado, até que um pouco provável título em Sunset o colocou na elite.

Léo Neves, Tomas Hermes e Wiggolly Dantas estão praticamente fora da briga. Mas um bom resultado os deixarão no bolo para o primeiro rodízio de 2012.

Agora é assim. Com dois rodízios no ano e a troca do resultado conquistado na temporada anterior, o jogo se tornou mais ágil.

O round 3 é aquele que conta com os principais cabeças-de-chave. Dos 32 pré-classificados, apenas os quatro convidados não são surfistas do WT ou que estão na briga para entrar na elite já a partir da etapa da Gold Coast, que tradicionalmente abre o Circuito dos Sonhos todos os anos.

É aí que estão as principais estrelas da esquadra brasileira. São sete representantes. Não teremos três dos integrantes do WT, já que Gabriel Medina, Miguel Pupo e Heitor Alves decidiram guardar as energias para o Pipe Masters.

Mas os três que mantêm o cabalístico número de 7 representantes são justamente os que mais possuem chances de se tornar novidades do Brasil na elite.

Thiago Camarão está escalado junto a um concorrente direto, Taylor Knox. Atualmente num aparente tranquilo 20° lugar, o veterano norte-americano tem cerca de 11 mil pontos a descontar da soma dos oito melhores resultados. Precisa urgentemente pontuar nesses últimos eventos.

Enquanto isso, Camarão vive a situação inversa de não ter mais pontos para defender. No entanto, precisa de alguns bons resultados ou de um excelente para aumentar a soma e se garantir entre os 32 melhores no final da temporada.

É o mesmo caso de Willian Cardoso. Com a diferença de que Willian está em uma situação um pouco mais confortável, com uma pontuação mais alta que a de Camarão. Ainda assim, também precisa de algo como uma semi e uma quartas-de-final nas duas últimas etapas, ou de uma final. Outro ponto positivo para o catarinense é que o top escalado em sua bateria, o português Tiago Pires, não corre tanto risco quanto Knox.

Jessé Mendes foi outro que pegou um top que está com a vida ganha em relação à permanência no WT, o tahitiano Michel Bourez. Mas o caso de Jessé é o mais complicado dos três. O garoto do Guarujá precisa repetir ou chegar perto do que Raoni Monteiro fez no ano passado.

Além dos três que tentam ser novidades, Raoni é o integrante do WT mais ameaçado entre os brasileiros, mas a situação não é tão desesperadora. Ele descarta os 6.500 pontos de Sunset, mas pode até continuar entre os 32 mesmo que não os defenda. Pelo sim, pelo não, é melhor garantir pelo menos umas quartas-de-final em Haleiwa para não depender dos outros.

Jadson André vive situação semelhante, mas não tem a pressão de pontos para defender. Ainda assim, como ninguém tem certeza de quanto será a pontuação que garantirá alguém no Top 32, também não custa passar algumas baterias e ampliar o somatório.

Adriano de Souza e Alejo Muniz estão livres de qualquer perigo. Soltos e sem pressão, não me surpreenderá se algum deles chegar nas cabeças em Haleiwa, entrando na briga pelo título da Tríplice Coroa.

Alguém ainda duvida de que algum dos brasileiros é capaz disso?


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