
No post anterior, o blog escreveu que Medina e Pupo surfaram bem, mas não foram páreos para um Kelly Slater endiabrado.
Confessamos que não havíamos visto a bateria. A matéria foi baseada na pontuação que os surfistas alcançaram na disputa.
O blog se enganou radicalmente.
A vitória de Slater foi mais uma daquelas situações sobre as quais já falei algumas vezes.
Surfar contra Parko, Jordy, Mick Fanning ou Taj é saber que o adversário vai ter sempre 0,5 ponto a mais em cada onda.
Contra Slater, é 1,0 ponto de desvantagem.
Mas neste domingo a situação passou de qualquer limite.
O careca venceu com uma onda 8,07 que valia, no máximo, 7,0, e com uma nota 9,10 que valia, no máximo, um 6,5.
O engraçado é que o 9,10 veio com uma batida mais ou menos e um floater. É, um floater animal, é verdade. Mas o tal floater que chocou a comunidade australiana-norte-americana-havaiana, no Rio, quando Adriano Mineirinho levou um 8,0 na vitória sobre Owen Wright.
"Agora eu entende porque reclamaram do meu 8,0. Eu devia ter ganho um 9,0!", ironizou Mineiro, via Twitter.
Do outro lado, os brasileiros tiveram, claramente, as notas achatadas.
Ao meu ver, Miguel Pupo foi o mais prejudicado.
Deu a rasgada mais animal do campeonato, seguida de uma rabetada e levou 7,33. Era um 8,0 fácil.
Depois, ganhou 7,5 por uma batida, uma rasgada de preparação e um ótimo aéreo rodando. Era um 8,5 tranquilo.
Mas era Slater, era San Francisco e, acima de tudo, era a bateria que valia um título que foi concedido e tirado pela ASP, depois de descoberto o erro ridículo na contagem dos pontos.
A ASP tinha que devolver o título a Slater o mais rápido possível.
E aí quem pasou a ponta foram os rookies brasucas.
Tem nada, não. Alguém lembra o que aconteceu na última vez que Medina foi prejudicado no julgamento contra Slater?
Pra quem ainda não viu a bateria, segue o link:
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