

O Brasil vai seguir com sete representantes no World Tour, a elite do surfe mundial, no primeiro semestre de 2012.
Willian Cardoso, Thiago Camarão e Jessé Mendes não conseguiram os resultados necessários nas duas etapas finais da divisão de acesso, ambas com pontuação prime, em Haleiwa e Sunset e terão que, no mínimo, adiar o sonho de integrar o seleto grupo dos Top 34.
O Brasil acabou essas duas primeiras etapas da Tríplice Coroa Havaiana com dois bons resultados.
Adriano de Souza fez final em Haleiwa, que em nenhum dia de competições conseguiu ser o pico poderoso que todos conhecemos.
Já Raoni Monteiro chegou às semifinais em uma Sunset bem diferente da do ano passado, quando ele conquistou o título.
Se no ano passado as ondas seguiram pequenas durante quase todo o evento, este ano foi power puro. Ondas que chegaram aos 12 pés pus, tubulares, desafiadoras.
E Raoni mostrou que tem surfe para todo tipo de condição.
O título acabou com John John Florence, de 19 anos, sem sombra de dúvidas o melhor surfista do evento. Ele agora lidera a Tríplice Coroa Havaiana, seguido de Adam Melling (2° em Haleiwa, 3° em Sunset e de volta ao WT como integrante fixo) e de Michel Bourez (vice em Sunset).
Vale um parágrafo à parte sobre o desempenho de Florence em Sunset. Enquanto a maioria não conseguia sequer produzir um carve nas difíceis condições de Sunset, o loirinho magrelo surfou feito um gigante. Muito seguro, confiante, pegando as melhores e manobrando como se estivesse em uma onda de seis pés. Na final, pegou tubos cavernosos, saiu ileso e com o título e a reputação em alta.
Se falarmos de forma global do desempenho brasileiro, a verdade é que a Brazilian Storm passou longe do Hawaii nessas duas primeiras jóias da coroa.
Além de Mineirinho e Raoni, o único desempenho que merece crédito é o de Jessé Mendes. Chegou às quartas-de-final em Haleiwa e às oitavas em Sunset. Apesar de não ter conquistados os resultados necessários para entrar na elite, mostrou raça e maturidade ao passar algumas baterias.
Agora resta Pipeline.
Tudo indica que o Brasil terá vários desfalques. Heitor Alves, Alejo Muniz e Miguel Pupo, todos com torções de joelho ou tornozelo, são dúvidas.
Confirmados estão um sedento Jadson André, o reconhecidamente bom de tubo Raoni, um Mineiro ainda em busca de um grande resultado em uma etapa de grandes tubos (Teahupoo no ano em que Bruno Santos venceu terminou com ondas pequenas) e a incógnita Gabriel Medina.
Em relação ao grupo dos Top-34, pouca coisa pode mudar.
Kieren Perrow e Taylor Knox seguem como os mais ameaçados por conta dos pontos que têm a defender do ano passado.
Com isso, CJ Hobgood (31°), que não terá a chance de pontuar em Pipe, Fred Pattachia (32°), Travis Logie (33°) e Kai Otton (34°) são os que aparecem na briga por duas ou três vagas.
Ou seja: de novidade mesmo no WT para o primeiro semestre de 2012, só mesmo o norte-americano Kolohe Andino.